O economista brasileiro Ricardo Velloso respondia à Lusa na conferência final desta missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que está em Angola desde 1 de Junho, para negociar este programa de assistência.
Embora salientando que o envelope financeiro deste programa, que visa diversificar a economia angolana face à crise petróleo, não foi ainda discutido nestas reuniões com o Governo, recordou que no caso de Angola o envelope financeiro pode chegar a 1500 milhões de dólares por ano (a três anos), tendo em conta a quota do país no FMI.
Disse ainda que em circunstâncias excepcionais é possível aumentar o valor em função da quota, admitindo que não será o caso angolano, e que o pagamento do empréstimo por Angola pode ser até 10 anos.
As conversações entre o FMI vão prolongar-se durante o segundo semestre do ano.
Contudo, tendo em conta a subida da cotação do petróleo no mercado internacional, face aos valores quando o pedido de assistência foi apresentado por Angola, disse ser necessário que o Governo clarifique se mantém o interesse.