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Fábrica de turbinas para gerar electricidade é próximo investimento internacional em Angola

O grupo industrial internacional Prinvest, da área da construção naval e metalomecânica, pretende instalar em Angola uma fábrica de turbinas para gerar electricidade, investimento que será alvo de uma garantia soberana do Estado.

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A concessão dessa garantia, de valor ainda não estipulado, consta de um despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, autorizando ainda a Empresa Nacional de Produção de Electricidade (PRODEL) a constituir uma 'joint-venture' com a sociedade Prinvest Shipbuilding Investments LCC, com escritórios no Líbano e Emiratos Árabes Unidos.

O objectivo, lê-se no mesmo documento, de 7 de Junho e ao qual a Lusa teve acesso, é a produção e montagem em Angola de "turbinas hidrocinéticas para rios e oceanos". Equipamentos que não necessitam de construção de barragens ou de albufeiras e que utilizam apenas a energia cinética (movimento) da água para gerar electricidade.

Não são adiantados valores a envolver neste negócio, mas o mesmo despacho recorda que ao abrigo do Plano de Segurança Energética 2025, o "objectivo mais importante a atingir é a ampliação da taxa de acesso à electricidade para 60 por cento" da população, ou seja mais de 14 milhões de angolanos.

Adianta que para tal pressupõe-se a utilização de "todas as fontes energéticas de que o país dispõe", com "realce" para a hídrica, que "deve preencher 62 por cento da matriz energética", podendo desta forma atingir os 9.000 MegaWatts de capacidade instalada, contra os actuais cerca de 2000 (sobretudo com novas barragens).

Além disso, a expansão da electrificação rural prevê igualmente, ao abrigo deste plano, a "aquisição de tecnologia e soluções de fabrico de máquinas e componentes para a produção de energia hidroeléctrica", que "tornem os custos resultantes mais baixos para o país", justifica ainda o documento assinado por José Eduardo dos Santos.

Com um forte défice de produção de electricidade, face às necessidades, o que leva a constantes constrangimentos no fornecimento, o nosso país enfrenta ainda a inexistência de redes para abastecer as zonas mais rurais e parte das cidades são abastecidas por redes de geradores.

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