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Sonangol quer baixar barril de crude de 14 para menos de 10 dólares

Cada barril de crude produzido custa actualmente em média 14 dólares, valor que a nova administração da concessionária estatal Sonangol, liderada por Isabel dos Santos, quer reduzir para "oito a dez dólares".

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A posição foi transmitida pelo presidente da comissão executiva da Sonangol, Paulino Jerónimo, questionado pela agência Lusa no final de uma reunião na sede da empresa com as administrações das petrolíferas internacionais que operam no país. Estas disponibilizaram-se para participar no processo de redução de custos, no âmbito da reestruturação e ganhos de eficiência anunciados por Isabel dos Santos para a concessionária estatal.

"Tendo em conta todos os operadores, o nosso custo em média [por barril] é de 14 dólares e dito isso devem compreender que precisamos de fazer um esforço maior em termos de redução. [O valor desejado pela Sonangol é] Oito a dez dólares", disse ainda o administrador executivo da petrolífera estatal no final de uma reunião em que participou igualmente a presidente do conselho de administração, Isabel dos Santos, também empossada nas funções na Segunda-feira.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com cerca de 1,7 milhões de barris de crude produzidos diariamente no onshore e offshore. Contudo, o aumento da produção nos últimos meses contrasta com a quebra na cotação do barril de crude no mercado internacional, que caiu dos mais de 100 dólares em 2014 para menos de 30 no início deste ano, cifrando-se nos últimos dias acima dos 50.

Daí que, enfatizou o presidente da comissão executiva da Sonangol, a redução de custos seja "muito importante", tendo em conta que, sem isso, "qualquer projecto em Angola, neste momento, não terá sucesso".

"Necessariamente, os custos de produção terão que ser reduzidos para permitir novos projectos", sustentou Paulino Jerónimo, afastando "de princípio" a necessidade de revisão dos contratos de partilha de produção com as operadoras.

"Primámos pelo princípio da estabilidade", apontou.

A reunião entre a nova administração da Sonangol e as petrolíferas internacionais que operam em Angola serviu, explicou Paulino Jerónimo, para "dar a conhecer" os planos da concessionária para o sector petrolífero do país.

"Os operadores são nossos parceiros e têm que, naturalmente, ter conhecimento do que se passa. O que se espera é que essa transformação seja feita sem afectar as operações normais", disse ainda.

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