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Economia

Luanda é a cidade mais cara do mundo pelo terceiro ano consecutivo

Luanda continua a ser a cidade mais cara do mundo, voltando a liderar o estudo da consultora internacional Mercer sobre o custo de vida. Embora seja reconhecida como uma cidade relativamente barata para os residentes habituais, o custo dos bens importados e as condições de vida exigidas pela generalidade dos colaboradores expatriados, levam a um aumento significativo do custo de vida da capital angolana, refere o documento.

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Na comparação com o preço de um menu de comida rápida (fast food), o estudo mostra que em Lisboa se pode gastar cinco euros (5,60 dólares), enquanto na capital angolana o custo deverá ser três vezes superior. Enquanto cidade mais cara pelo terceiro ano consecutivo, o arrendamento de um apartamento T2 em Luanda rondará os 6500 dólares. Em Lisboa, o preço será de 1.450 euros.

Lisboa passou, assim, a ser menos dispendiosa para expatriados, com Tiago Borges, responsável de Estudos de Mercado na Mercer Ibéria, a justificar a situação com a descida do euro, com a “tímida recuperação nos preços do imobiliário e uma inflação historicamente baixa, que tem mantido os preços dos bens e serviços a um nível comparativamente mais baixo do que em outras localizações”.

Numa análise ao estudo, a Mercer lembrou as variações com despesas com expatriados, tendo em conta os custos das operações cambiais, as flutuações cambiais e monetárias, assim como devido à instabilidade no mercado imobiliário e a inflação de bens e serviços. “Enviar colaboradores para outros países é necessário para competir no mercado global com os melhores talentos disponíveis. As empresas precisam de reflectir com precisão e fiabilidade o custo e o retorno esperado com as políticas de mobilidade internacional”, comentou Diogo Alarcão, da Mercer.

Além de Luanda estão ainda no topo da lista de 2015 Hong Kong (2), Zurique (3), Singapura (4) e Genebra (5). As cidades menos caras do mundo para expatriados são Bisqueque (207), Windhoek (206), e Carachi (205).

Este estudo usa Nova Iorque (16.ª classificada) como cidade-base, inclui um total de 207 cidades dos cinco continentes e faz uma comparação de mais de 200 artigos em cada local, incluindo habitação, transportes, comida, roupa, bens de uso doméstico e entretenimento.

O estudo notou a subida das cidades norte-americanas na lista devido à valorização do dólar americano, na América do Sul, Buenos Aires (19) escalou 67 posições devido a um forte aumento dos preços de bens e serviços.

Na Europa, a valorização do franco suíço face ao euro continua a colocar a Suíça entre os locais mais dispendiosos, enquanto na Rússia, Moscovo (50) e São Petersburgo (152) desceram 41 e 117 lugares, respectivamente, como resultado da queda significativa do rublo russo, da descida dos preços do petróleo e de uma “falta de confiança na moeda e economia russas resultante de sanções ocidentais durante a crise na Ucrânia”.

A Cidade do Cabo (200), na África do Sul, continua a ser a cidade menos cara da região reflectindo a fraca valorização do rand sul-africano face ao dólar americano, enquanto cinco das cidades registadas no top 10 da lista deste ano encontram-se na Ásia: Hong Kong (2), Singapura (4), Xangai (6), Pequim (7) e Seul (8). Já Tóquio (11) desceu quatro lugares. Quanto a cidades australianas, estas têm continuado a diminuir na lista devido à depreciação da moeda local face ao dólar americano.

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