A subida, ainda que ligeira, de 0,1 por cento, consta do mais recente boletim do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre o Panorama Monetário angolano e compara com os 25,577 mil milhões de dólares em Março.
Estas reservas, necessárias para garantir nomeadamente as importações nacionais de matéria-prima ou de alimentos, cifravam-se em Fevereiro em 26,189 mil milhões de dólares e em Janeiro nos 26,861 mil milhões de dólares.
No final de 2014, fixaram-se em 27,478 mil milhões de dólares - suficiente para garantir à volta de seis meses das necessidades de importações por Angola - o que se traduz numa quebra de 6,8% até Abril.
Na revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2015, aprovado em Março e que surge face à forte quebra nas receitas com a exportação de petróleo, o executivo angolano já prevê uma descida dessas reservas para cinco meses.
As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.
Incluem-se ainda as reservas de ouro, que em Abril aumentaram para 75,782 mil milhões de kwanzas.
Devido à crise da cotação do crude, que fez as receitas fiscais petrolíferas do país caírem para cerca de metade nos últimos meses, e, por consequência, a entrada de divisas (dólares), o Governo prevê uma redução de 28,4 por cento nas mesmas reservas em 2015.
"Na eventualidade de a situação de crise perdurar durante todo o ano, a perda de RIL poderá elevar-se a -8.005,39 milhões de dólares, posicionado o 'stock' de RIL em 19.277,18 milhões de dólares", lê-se no documento que sustenta o novo OGE de 2015.
Na crise petrolífera de 2009, as RIL reduziram-se até aos 13 mil milhões de dólares, o que obrigou o Governo a pedir um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional no valor de 1.375 milhões de dólares.