Ver Angola

Economia

Reservas internacionais de Angola sobem em Abril pela primeira vez em cinco meses

As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) angolanas subiram em Abril para 25,606 mil milhões de dólares, o primeiro aumento em cinco meses, segundo dados do banco central a que a Lusa teve acesso.

<a href='http://www.angolaimagebank.com' target='_blank'>Angola Image Bank</a>:

A subida, ainda que ligeira, de 0,1 por cento, consta do mais recente boletim do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre o Panorama Monetário angolano e compara com os 25,577 mil milhões de dólares em Março.

Estas reservas, necessárias para garantir nomeadamente as importações nacionais de matéria-prima ou de alimentos, cifravam-se em Fevereiro em 26,189 mil milhões de dólares e em Janeiro nos 26,861 mil milhões de dólares.

No final de 2014, fixaram-se em 27,478 mil milhões de dólares - suficiente para garantir à volta de seis meses das necessidades de importações por Angola - o que se traduz numa quebra de 6,8% até Abril.

Na revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2015, aprovado em Março e que surge face à forte quebra nas receitas com a exportação de petróleo, o executivo angolano já prevê uma descida dessas reservas para cinco meses.

As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.

Incluem-se ainda as reservas de ouro, que em Abril aumentaram para 75,782 mil milhões de kwanzas.

Devido à crise da cotação do crude, que fez as receitas fiscais petrolíferas do país caírem para cerca de metade nos últimos meses, e, por consequência, a entrada de divisas (dólares), o Governo prevê uma redução de 28,4 por cento nas mesmas reservas em 2015.

"Na eventualidade de a situação de crise perdurar durante todo o ano, a perda de RIL poderá elevar-se a -8.005,39 milhões de dólares, posicionado o 'stock' de RIL em 19.277,18 milhões de dólares", lê-se no documento que sustenta o novo OGE de 2015.

Na crise petrolífera de 2009, as RIL reduziram-se até aos 13 mil milhões de dólares, o que obrigou o Governo a pedir um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional no valor de 1.375 milhões de dólares.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.