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Reservas cambiais de Angola "garantem mais de sete meses de importações”

José Eduardo dos Santos assegurou esta quinta-feira que as reservas cambiais de Angola, afectadas pela "queda significativa" do preço do petróleo no mercado mundial, "garantem mais de sete meses de importações".

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"Apesar da significativa queda do preço do barril de petróleo bruto no mercado internacional, dispomos de reservas de moeda estrangeira para garantir mais de sete meses de importações e continuaremos a geri-las cautelosamente, para as mantermos num nível de segurança confortável e universalmente aceite", disse o Presidente angolano, sem especificar o montante das reservas. Eduardo dos Santos falava na abertura de um fórum económico sino-angolano, em Pequim, culminando a sua visita oficial à China.

O responsável pelo Governo exortou os cerca de 200 participantes no fórum a "estreitar o intercâmbio entre empresas" dos dois países do sector público e privado e a "fortalecer e ampliar a parceria estratégica" acordada há cinco anos pelos governos de Luanda e Pequim. "Embora a redução do preço do petróleo constitua uma condicionante para o desenvolvimento da nossa economia, continua a verificar-se um crescimento real do Produto Interno Bruto", afirmou.

O Presidente angolano indicou que a orientação do seu governo é "promover a estabilidade necessária para o crescimento económico sustentável, através de uma ação coordenada das políticas fiscal, monetária e cambial".

Segundo exemplificou, a taxa de inflação em Angola, que em 2010 era de 15 por cento, desceu em Abril passado para 8 por cento e desde há três anos mantém-se abaixo dos dois dígitos. O sistema bancário está "em franco crescimento", contando actualmente com 25 bancos comerciais, contra apenas oito há dez anos, respectivamente, e "existe ainda espaço para que mais instituições financeiras se instalem no mercado angolano", referiu Eduardo dos Santos.

Anunciou ainda estar em curso "uma profunda revisão da Lei do Investimento Privado" para "tornar Angola mais atractiva". Entre os sectores considerados "cruciais para a economia angolana", Eduardo dos Santos mencionou energia e águas, geologia e minas, indústria, agricultura, pecuária e florestas, hotelaria e turismo.

José Eduardo dos Santos termina no sábado uma visita de seis dias à China, acompanhado por nove ministros. Foi a sua quarta visita oficial àquele país em 27 anos. Na terça-feira, no encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping, o Presidente manifestou-se empenhado em "estreitar as relações com a China", afirmando que os dois países "têm imensas potencialidades para valorizar" e "podem ir mais longe" na cooperação bilateral.

"Esta visita injectará novo ímpeto na parceria estratégica entre China e Angola", disse o Presidente chinês. Xi Jinping definiu "o aprofundamento das relações com Angola" como "uma política consistente da China", qualificando esse relacionamento como "um modelo da cooperação mutuamente vantajosa" que o seu país mantém com África.

A China é hoje o maior importador do petróleo angolano, mas devido à queda do preço daquela matéria-prima, no primeiro trimestre deste ano, o valor das exportações angolanas para o mercado chinês diminuiu cerca de 50 por cento.

Após as conversações entre Eduardo dos Santos e Xi Jinping, um alto funcionário chinês anunciou que a China vai ajudar financeiramente Angola a "superar as dificuldades" criadas pela queda do preço do petróleo e consequente "diminuição das receitas do governo", mas recusou precisar o montante da ajuda. "Por enquanto vamos tratar isso como uma questão confidencial", disse aos jornalistas o director dos Assuntos Africanos do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lin Songtian.

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