Segundo uma informação partilhada na página da presidência namibiana na rede social X, a visita “sublinha os laços de amizade, solidariedade e cooperação de longa data” que existem entre os dois países, assentes numa “história partilhada, na unidade regional e nos interesses socioeconómicos mútuos”.
A visita “constitui uma oportunidade para os dois países aprofundarem as fortes relações bilaterais e comerciais em benefício das duas nações”, lê-se na mesma nota, destacando que os laços de amizade remontam à luta pela independência da Namíbia, alcançada em 1990 após negociações entre Angola, África do Sul e Cuba.
Na época, Angola estava ainda a braços com a longa guerra civil que durou entre 1975 e 2002 e apoiou a SWAPO (Organização do Povo do Sudoeste Africano) que lutava contra a ocupação sul-africana, aliada dos rebeldes da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).
A actual Presidente, Netumbo Nandi-Ndaitwah, primeira mulher a liderar a Namíbia, é também membro da SWAPO, partido que dirige a Namíbia desde a independência.
Segundo a presidência namibiana, “espera-se que a visita reforce os laços bilaterais e acelere os progressos em domínios estratégicos de cooperação, nomeadamente nos sectores da agricultura, do comércio e do petróleo e gás”.
A Namíbia tem apostado na exploração das suas reservas de petróleo e gás natural, atraindo o interesse das gigantes multinacionais, e também da Galp que perfurou cinco poços em pouco mais de um ano naquele país, onde espera investir este ano 155 milhões de euros.