A margem financeira do BFA, detido em 51,9 por cento pela operadora de telecomunicações estatal Unitel e em 48,1 por cento pelo português BPI, cresceu 17,8 por cento, atingindo 293,6 mil milhões de kwanzas.
Os resultados cambiais, com menos peso, tiveram contudo um aumento exponencial de 228,1 por cento, para 43,3 mil milhões de kwanzas, referiu o banco na apresentação de resultados anuais.
O produto bancário do BFA aumentou 25,5 por cento e atingiu 375,23 mil milhões de kwanzas.
Os recursos de clientes (depósitos) cresceram 5,6 por cento em 2024 e o crédito líquido de imparidades aumentou 32,3 por cento, com o banco a destacar o crescimento em moeda nacional (+24,5 por cento) “o que permitiu superar o impacto cambial negativo”, refere num comunicado.
O presidente da Comissão Executiva do BFA, Luís Gonçalves, citado no comunicado, salientou que, no ano de 2024, o banco deu prioridade a “um conjunto de iniciativas estratégicas, com vista a promover o aumento da capilaridade dos serviços prestados”.
Até 31 de Dezembro de 2024, o banco contava com um total de 194 balcões, composto por agências, centros de empresas, centros de investimento e Private Banking, e atingiu um total de 42.529 terminais de pagamento automático (TPA’s) matriculados, o que representa um crescimento de 2,6 por cento face ao período homólogo.
O BFA registou no ano passado um crescimento do número de clientes face ao ano de 2023, o que resultou num total de 3.199.554 clientes no final do ano.
Esta Segunda-feira foi também divulgado pelo Banco Português de Investimento (BPI) que a venda parcial em bolsa do Banco de Fomento de Angola (BFA) acontecerá em Julho.
"O processo de IPO [venda em bolsa do BFA] está a correr muito bem. Acreditamos que o IPO se irá realizar no Verão", em Julho, disse o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, na conferência de imprensa de apresentação das contas do primeiro trimestre (lucros de 137 milhões de euros), em Lisboa.
O BPI, adiantou, estima que encaixará mais de 95 milhões de euros com a alienação de 14,75 por cento do banco angolano.
"Neste momento, não podemos falar em interessados, nem sequer existe valor final, estamos a fechar os últimos pormenores nesse aspecto e o 'road show' [contactos com investidores] ainda não se iniciou", adiantou.