Segundo o responsável, citado pelo Jornal de Angola, em média, serão formados por ano no país 112 jovens.
Relativamente aos centros, adiantou que, neste momento, o país conta com três Centros Integrados de Formação Tecnológica (dois localizados na capital e um na província do Huambo). No entanto, referiu que o Governo prevê construir, em breve, um centro deste género em Cabinda.
"A previsão do Executivo é construir, nos próximos meses, o Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) de Cabinda e reestruturar, até 2027, 82 pavilhões de artes e ofícios", afirmou, citado pelo Jornal de Angola.
Além disso, Pedro Filipe fez ainda saber que está também em andamento um programa orientado para reestruturar as qualificações profissionais, com mais enfoque nos centros de formação profissional, acrescentando que o objectivo passa pela acreditação, até 2027, de 240 instituições formadoras.
Entre outros aspectos, anunciou ainda que o Fundo Nacional de Emprego entra em funcionamento no próximo mês, sendo que para tal foram colocados à disposição 27 mil milhões de kwanzas, cujo valor é orientado para promover anualmente o auto-emprego.
O responsável referiu ainda que desses 27 mil milhões de kwanzas, nove mil milhões vão ser usados para financiar 130 mil estágios do ensino profissional, com vista a fomentar a entrada de mais jovens no mercado de trabalho, tendo ainda acrescentado que "40 por cento dos estágios está reservado às mulheres".
Também esclareceu que algumas empresas possuem acordo para acolherem os jovens sem custos. "Os subsídios destes estagiários vão ser pagos pelo Estado angolano. As empresas envolvidas no projecto vão ter direito a alguns benefícios fiscais, como a redução de impostos. O mesmo vai acontecer com as instituições que vão empregar as classes especiais, como as jovens mulheres com idades entre 18 e 35 anos, ou as pessoas com deficiência", referiu, citado pelo Jornal de Angola.
Lembrou ainda a aprovação, em 2020, do regulamento dos estágios profissionais, afirmando que "através deste instrumento mais de 70 por cento dos jovens enquadrados nos estágios profissionais foram contratados pelas empresas".
Na ocasião, falou ainda do facto de o Governo querer remunerar a formação profissional, prevendo inserir um subsídio de aprendizagem nos centros de formação profissional.