Jovens, crianças e adultos vestidos de verde e branco lotaram o restaurante Posto 7, à entrada da Ilha de Luanda, e ‘invadidos’ pela brisa do mar cantaram, dançaram e celebraram efusivamente o título assegurado no passado Domingo.
Com olhos na tela, atentos ao jogo entre Estoril Praia e Sporting, vibrando em cada lance da equipa de Rúben Amorim, gritavam em coro “campeões, somos campeões”, tendo referido à Lusa, saborearem o título em “dose dupla”, depois de terem praticamente ficado impedidos de celebrar o anterior devido à pandemia de covid-19.
“Esta vitória significa muito para nós, acho que estávamos naquela fase em que 2021 não conseguimos comemorar bem, por causa da covid-19, então este título vem em dose dupla e quem é sportinguista não se sente, aquilo é uma energia fora do normal”, disse Herman Carneiro.
O engenheiro informático luso-angolano, que se juntou à festa organizada pelo Núcleo do Sportinguista de Luanda, disse acreditar mesmo na conquista do bicampeonato, caso a equipa se mantenha sólida.
O gestor angolano Yuri Guimarães, vestido de cabeça aos pés com as cores ‘leoninas’, exteriorizou alegria pela conquista, desejando que o seu clube, que classificou como “o melhor de Portugal”, continue mais forte para os próximos desafios.
O português Francisco Lisboa, em Angola há 12 anos, acompanhado pela família enalteceu o ambiente “fantástico” em homenagem ao Sporting na Ilha de Luanda, referindo que o seu “sangue sportinguista” vem desde a geração do avô.
“O Sporting vem comigo desde o meu avô, que curiosamente foi jogador do Sporting na década de 1940, foi guarda-redes, e desde aí passou para a minha avó, para a minha mãe e eu agora passo para o meu filho e viemos cá ver o jogo nesse ambiente fantástico, ao pé do mar”, frisou.
Cedo o Sporting mostrou possibilidade de reconquistar o ceptro português, segundo Eugénia das Neves, adepta angolana, acrescentando que desde o início da temporada imaginou que seriam campeões.
“Espero mais vitórias e desejamos o bi, o tri e mais”, atirou em meio de um sorriso radiante.
Pelo Núcleo Sportinguista em Luanda falou o seu vice-presidente, Igor Couceiro, afirmando que a conquista do campeonato veio revitalizar a associação de adeptos, tendo salientando que a festa pelo título na capital angolana simboliza a dimensão do Sporting além-fronteiras.
“Sporting é campeão, três anos depois, e a gente que cá está mostra a dimensão do Sporting que está além-fronteiras, esperava sim esta vitória no campeonato, sobretudo pela consistência que o Sporting foi mostrando ao longo da época toda e só poderia acabar como campeão”, rematou.
A alegria dos adeptos pela conquista do título foi selada com o 28.º triunfo na I Liga, graças ao golo do suplente Paulinho, aos 81 minutos.