Segundo ministro, para a concretização da prova desportiva mundial, com a participação de 200 países, é preciso "criar outro nível de infra-estruturas e de apoio logístico, diferente do campeonato africano" que decorreu, este ano, no país, com 42 países.
"O foco agora está na criação de infra-estruturas que possam corresponder à demanda de um campeonato mundial", apontou o titular da pasta da Juventude e Desportos, citado num comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso.
Em declarações no fim de uma audiência entre a vice-Presidente da República, Esperança da Costa, e o presidente da África Aquatics (ex-Confederação Africana de Natação), Sam Ramsany, que teve lugar na passada Sexta-feira, Rui Falcão informou que a Federação Internacional se comprometeu a trabalhar com o seu pelouro para implementar um "programa nas escolas para ensinar a modalidade às crianças".
Expressando-se feliz pelos resultados atingidos, até então, pelo país, na 16.ª edição do Campeonato Africano, que teve lugar na Piscina do Alvalade, na capital, o ministro disse que "é preciso" terem "a perspectiva de que a natação é hegemonicamente dominada pela África Branca", acrescentando: "Felizmente, temos a África do Sul, que faz o contrapeso e nós, que estamos agora a entrar com alguma humildade".
Rui Falcão explicou que a concretização da prova continental na capital "faz parte do programa estratégico para o desenvolvimento da natação", lê-se na nota.
Já o presidente da Federação Internacional de Natação (FINA), Husain Al Musallam, que assinalou igualmente presença na audiência, referiu haverem diversos aspectos "a serem tratados com as autoridades angolanas" para a concretização do mundial.
"Os aspectos logísticos de alojamento, transportes (...) são importantes, assim como a parte médica, sobretudo no que diz respeito às medidas anti-doping", apontou o responsável.
Já o presidente da Len-European Aquatics, António Silva, expressou "disponibilidade em apoiar Angola na realização do Campeonato Mundial Júnior de Natação de 2027 e de outros programas da modalidade", refere o comunicado.
Refira-se que, até ao passado Domingo, o país foi palco da 16.ª edição do Campeonato Africano de Natação. O título de campeão foi conquistado pelo Egipto, tendo a selecção nacional egípcia arrebatado 47 medalhas (15 de ouro, 19 de prata e 13 de bronze).
Segundo a Angop, na prova de água pura, que aconteceu na piscina do Alvalade, a nadadora do Egipto Lojine Hamed venceu o título de atleta mais valiosa, ao conquistar quatro medalhas de ouro nos 200, 400, 800 e 1500 metros livres.
Em segundo lugar ficou a anterior campeã, a África do Sul, que arrebatou um total de 38 medalhas (13 de ouro, 14 de prata e 11 de bronze). A África do Sul esteve ainda em destaque com Lara Niekerk e Chris Smith que acumularam mais pontos FINA em feminino e masculino, ao somarem 848 pontos e 825 pontos, respectivamente.
Para completar o pódio, surge a Argélia que ficou na terceira posição, ao conquistar 25 medalhas (nove de ouro, cinco de prata e 11 de bronze). Segundo a Angop, a Argélia encerrou a prova com Jaouad Syoud a ser o atleta mais valioso masculino ao conquistar três medalhas de ouro nos 200 metros, 400 metros estilos e 200 metros bruços, bem como duas medalhas de prata em 200 metros mariposa e 100 metros mariposa e uma medalha de bronze nos 50 metros bruços.
Já na prova em águas abertas, o Egipto também saiu vitorioso, acabando por destronar a África do Sul.
Já em declarações no âmbito do encerramento do campeonato continental, Rui Falcão considerou "heróis" os atletas que fazem parte da selecção nacional que competiu nesta prova, tendo expressado contentamento pelo empenho individual e esforço que a equipa nacional mostrou, embora considere relevante a criação de mecanismos tendo em vista melhorar o treino e os resultados, escreve a Angop.
