Centenas de mulheres "zungueiras" marcharam esta Segunda-feira até à baixa de Luanda (Mutamba), onde se localiza a sede do GPL, protestando contra o suposto fim da venda ambulante, cantando e gritando palavras de ordem como "a zunga não vai acabar".
O grupo foi dispersado pela polícia quando se aproximava já do Palácio da Justiça, na Cidade Alta, centro do poder político do país e onde se encontra também o Palácio Presidencial.
Num comunicado dirigido às redacções, o GPL salienta que foi aprovada há seis meses uma Estratégia para Mitigação da Venda Desordenada (EMVD), estando a ser implementadas acções previstas no Plano de Reordenamento do Comércio nos municípios de Belas, Viana, Cacuaco, com "ganhos visíveis" em várias avenidas.
"Na sequência do cronograma, e findo o processo de sensibilização e cadastramento, os municípios de Luanda e do Cazenga iniciaram, ontem, Domingo, 21 de Maio, a implementação do plano aprovado ao longo das avenidas Cónego Manuel das Neves e Ngola Kiluanje, bem como das ruas Rei Mandume e da Gajajeira, nos distritos urbanos do Sambizanga e do Rangel", prossegue o comunicado, dando conta de que "hoje, surpreendentemente, constatou-se o movimento de um grupo de pessoas no município de Luanda, proferindo cânticos e palavras de ordem".
O GPL reafirma que o Plano de Reordenamento do Comércio não pretende extinguir a venda ambulante, mas sim organizar a actividade comercial ao nível da província, sobretudo junto a zonas residenciais, e apela à compreensão e colaboração de comerciantes e público em geral para que sigam as orientações da fiscalização presente no local.