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Angola ganhou mais de uma centena de unidades sanitárias em cinco anos

Nos últimos cinco anos, o número de unidades sanitárias no país aumentou. Isto é, no período em referência, o país ganhou 163 unidades sanitárias modernas, informou a ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, que falava, esta Terça-feira, na cerimónia de comemoração dos 75 anos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Segundo a Angop, o Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias, o Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, o Instituto Hematológico Pediátrico Dra. Victória do Espírito Santo, o Hospital Materno Infantil Azancot Menezes e Hospital Geral do Bié, destacam-se como algumas das principais unidades edificadas no período em referência.

Assim, com as novas infra-estruturas equipadas com tecnologia moderna, o Sistema Nacional de Saúde ficou a contar com mais 13.426 camas, avançou a ministra, citada pela Angop.

Em termos de força de trabalho, a ministra salientou que em cinco anos também se verificou um reforço, ao serem inseridos 33.093 profissionais, totalizando um aumento de 35 por cento do total da força de trabalho.

Acrescentou igualmente que a maior parte dos técnicos de saúde são jovens. "Os técnicos de saúde são, maioritariamente, jovens. O investimento feito obedece um acompanhamento com o aumento de quadros nos postos de saúde, que passou de 25 por cento, em 2017, para 70 por cento, em 2022", referiu, citada pela Angop.

"O mandato da OMS ao longo da história, tem provado que juntos somos mais fortes, e somos capazes de responder aos desafios que ameaçam diariamente a saúde global e proteger as nossas populações", disse a ministra, que acrescentou: "Angola parabeniza a OMS por ter atingido este marco importante, e contamos com a sua liderança para juntos vencermos os desafios e garantir a Saúde Para Todos".

"Ao olharmos para o longo e desafiante percurso da OMS, temos muito de que nos orgulhar. Ao longo das últimas sete décadas e meia, registaram-se progressos extraordinários na saúde pública e na protecção das pessoas contra as doenças", sublinhou ainda a ministra, citada num comunicado remetido ao VerAngola.

Já o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Pinto de Sousa – que proferiu o discurso da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta –salientou que os objectivos da OMS há 75 anos continuam actuais: "Em 1948, vários países uniram-se para fundar a Organização Mundial da Saúde com o objectivo ambicioso de construir um futuro melhor e mais saudável para as pessoas em todo o mundo. Passados mais de 75 anos, este compromisso continua actual e crucial para a garantia da Saúde Para Todos".

Salientando que a organização tem vindo a atingir diversos resultados significativos para a saúde mundial, o responsável disse que "o 75.º aniversário da Organização deve ser uma oportunidade" para pararem e reflectirem "sobre as realizações notáveis na melhoria do estado de saúde e bem-estar dos cidadãos", mas também deve "servir de oportunidade para" se reunirem "em torno do objectivo comum" e renovarem o "compromisso de enfrentar os desafios que se nos deparam, em prevenir as mortes evitáveis e garantir a Saúde Para Todos".

No discurso, destacou igualmente a assinatura do Acordo Base entre a OMS e o Governo, em 1976. "Neste contexto, gostariamos de destacar com orgulho que, desde a assinatura do Acordo Base entre a Organização Mundial da Saúde e o Governo de Angola, em 1976, o nosso país esteve sempre lado a lado com a OMS, participando activamente na definição de políticas, orientações, estratégias e acções cruciais para a melhoria da saúde", indicou.

"Juntos temos desenvolvido várias iniciativas que têm conduzido a progressos interessantes na redução da mortalidade materna e infantil e da mortalidade devida a doenças transmissíveis e crónicas não transmissíveis e no reforço da capacidade de resposta às emergências de saúde pública, nomeadamente, sendo disso exemplo o sucesso alcançado na erradicação da poliomielite e no controle de várias epidemias tais como a febre hemorrágica de Marburgo, a febre amarela e, mais recentemente, no combate à covid-19, incluindo o apoio na aquisição de vacinas e ao acesso de todos os angolanos do grupo alvo a essas mesmas vacinas", disse.

"Importa mencionar igualmente os resultados alcançados pelo Executivo nos últimos anos na área da saúde, que incluem: a construção e apetrechamento de novas unidades sanitárias; o aumento significativo do número de profissionais de saúde de diferentes categorias recrutados ao longo dos últimos anos e os esforços de capacitação e retenção dos profissionais de saúde", acrescentou.

Também salientou que "o investimento estruturante realizado no Serviço Nacional de Saúde reflectiu-se na melhoria dos principais indicadores do programa da saúde materno-infantil e nutrição, nomeadamente no aumento da cobertura de pré-natal, do parto institucional e da redução da mortalidade materna institucional. Reflectiu-se também no aumento da atenção integral à criança e ao adolescente. Quanto à nutrição, com dificuldades provocadas sobretudo pela seca no sul do país, foram tomadas medidas pelo Executivo com a aquisição de emergência de leites terapêuticos e a reposição de produtos suplementares, o que teve um efeito oportuno, tendo melhorado a taxa de letalidade com a redução dos óbitos por malnutrição".

Mencionou igualmente a campanha "Nascer Livre para Brilhar", informando que "resultou no aumento do acesso das mulheres grávidas ao diagnóstico de VIH nas consultas de pré-natal e no aumento do tratamento para as positivas, tendo-se verificado o aumento da cobertura de TARV e a redução da transmissão do VIH de mãe para o filho", e também se registou "um aumento da cobertura do Diagnóstico Precoce Infantil em todo o país".

Entre outros assuntos, considerou que o país apresenta actualmente um Serviço Nacional de Saúde mais forte. "Angola tem hoje um Serviço Nacional de Saúde mais forte e resiliente. Isto é indubitável. Contudo, ainda há muito por fazer para que se aumente a oferta de cuidados de saúde primários, o acesso a todos e em qualquer lugar e se continue a perseguir o compromisso nacional para com o nosso povo de lhe ir proporcionando uma vida mais saudável e mais longa", afirmou.

Reiterou igualmente o compromisso do Ministério da Saúde em continuar a trabalhar para a melhoria da saúde das populações no país, acrescentando que esperam continuar com o apoio da OMS e de outros parceiros "para o fortalecimento dos cuidados primários de saúde, visando garantir que a equidade no acesso aos serviços de saúde, principalmente para os grupos mais vulneráveis, tais como as mulheres, as crianças e os idosos, seja acelerada e o país possa avançar para o alcance da Saúde Para Todos".

Já a representante da OMS em Angola, Djamila Cabral, reiterou o compromisso de continuarem a trabalhar com o Governo: "Reiteramos o nosso compromisso de trabalhar com o Governo e outros parceiros, para o reposicionamento dos cuidados de saúde primários e garantir que a equidade no acesso aos serviços de saúde, principalmente para os mais vulneráveis como mulheres, crianças e idosos, seja acelerada e o país possa avançar de forma célere para o alcance da Saúde Para Todos", afirmou, citada na nota remetida ao VerAngola.

De referir que a cerimónia de lançamento das comemorações dos 75 anos da OMS, que decorrerão até 7 de Abril de 2024, "contou com a participação de membros do Governo, representantes das Agências das Nações Unidas, corpo diplomático acreditados em Angola, parceiros chave da saúde, entre outros", refere o comunicado, que adianta que "com esta celebração, a OMS pretende destacar os progressos notáveis que o mundo tem vindo a alcançar para a saúde pública, destacar os desafios e as aspirações futuras para garantir a "Saúde Para Todos", e motivar a acção para enfrentar os desafios de saúde de hoje e de amanhã".

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