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Servita de Fátima feliz por regressar a Angola com “arma de paz” após empunhar arma de guerra

O servita de Fátima António Mucharreira recordou esta Terça-feira que desembarcou há 50 anos em Luanda com uma arma de guerra nas mãos e manifesta-se feliz por regressar com a imagem peregrina de Fátima, “uma arma de paz”.

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Mucharreira está desde Segunda-feira na capital angolana acompanhando a imagem peregrina de Fátima, proveniente de Portugal, para o jubileu dos 60 anos de existência da Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Luanda e dos 75 anos dos Frades Capuchinhos angolanos.

"Está aqui hoje a ser concretizado mais um sonho meu, é o grande amor que tenho por Maria nossa mãe, estes momentos são inolvidáveis na minha vida. Já chorei muito hoje porque vi coisas lindas, coisas que valem a pena viver", disse o servita de Fátima, citado pela Emissora Católica de Angola.

O servidor de Fátima recordou também que esteve em Angola há seis anos em companhia da imagem peregrina, referindo, no entanto, há 50 anos esteve pela primeira vez no país africano com uma arma de guerra.

"Faz em Agosto 50 anos que eu desembarquei naquele mesmo aeroporto [Internacional 4 de Fevereiro], precisamente à mesma hora, só que desta vez trazia uma arma de guerra nas minhas mãos, e agora trago uma arma de paz, de amor, o melhor que há no mundo", referiu o português de Torres Vedras.

A imagem peregrina de Fátima, que chegou a Luanda na Segunda-feira, vai permanecer na Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Luanda, distrito urbano do Rangel, até ao próximo Domingo, 14 de Maio.

Orações, encontros, reflexões, louvores, celebrações eucarísticas, confissões e outras manifestações marianas são as acções em curso em prol da imagem peregrina de Fátima, que regressa pela segunda vez a Angola desde a independência (1975).

António Mucharreira destacou igualmente a "fé vibrante e o amor infindável" do povo católico que venera em Luanda a Nossa Senhora de Fátima.

"É formidável, e é por isso que cá estou outra vez e espero não ser a última vez, porque ser servita é difundir a mensagem de Fátima", assinalou.

"Porque aquela imagem, que está ali, nós não adoramos, ela através das imagens é uma maneira melhor de nos lembrarmos de Maria que está no céu", realçou, salientando, ao mesmo tempo, que é um voluntário por amor a Fátima.

Uma procissão com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima está agendada para Sexta-feira em algumas ruas de Luanda.

A Igreja Paroquial de Nossa Senhora de Fátima de Luanda foi construída pelos Franciscanos Capuchinhos em 1963.

A igreja ocupa uma área de 52 metros de cumprimento, 23 metros de largura e 18 metros de altura. Possui duas torres, uma de 41 metros e outra de 20 metros de altura, esta última que ostenta uma imagem de Nossa Senhora de Fátima em pedra.

Em Angola, a imagem de Fátima peregrinou pela última vez entre 13 e 24 de Maio de 2017. Nossa Senhora de Fátima é padroeira de dezenas de paróquias em Angola.

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