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China quer “potencializar” comércio com Angola e prepara acordo para oferecer tarifa zero a produtos angolanos

O embaixador chinês em Angola, Gong Tao, disse, esta Segunda-feira, que a China quer “potencializar a capacidade angolana de fazer mais exportações” para o seu país e, por isso, estão a negociar um novo acordo aduaneiro em que o país asiático vai oferecer tarifa zero a 98 por cento dos bens angolanos exportados para o território chinês.

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Angola é o segundo maior parceiro comercial da China em toda a África, logo depois da África do Sul e a China continua a ser o maior parceiro de Angola desde a última década, disse o embaixador, acrescentando que há interesse em diversificar os produtos comercializados.

"Queremos potencializar a capacidade angolana de fazer mais exportações para a China, que tem um grande mercado e há cada vez um número maior de chineses da classe média que oferece grandes potencialidades para todos no mundo", destacou o diplomata.

Por isso, está a ser negociado um novo acordo aduaneiro em que a China vai oferecer tarifa zero a 98 por cento dos bens angolanos exportados para o país asiático, estando também a ser negociados acordos na área das pescas e da agricultura, sector em que "Angola tem um grande futuro", segundo Gong Tao.

O embaixador chinês foi recebido em audiência pelo Presidente, João Lourenço, com quem abordou as relações bilaterais entre os dois países, sublinhando que estão "num bom período do seu desenvolvimento", no ano em que se comemora o 40.º aniversário das relações China-Angola.

Entre outras matérias, Gong Tao salientou também a importância da diversificação económica a que o Governo angolano quer dar prioridade e adiantou que a China vai analisar e estudar o plano nacional de desenvolvimento do próximo quinquénio, que deverá ser apresentado em breve.

O embaixador chinês afirmou que as duas partes deverão avaliar novas possibilidades de cooperação na área de financiamento, investimento e formação de quadros na segunda edição da comissão orientadora da cooperação China-Angola.

"As nossas relações já deram frutos no passado e assim vai continuar a ser", frisou.

Gong Tao notou igualmente que o crescimento das trocas comerciais atingiu no ano passado 27 mil milhões de dólares, um aumento homólogo de 25 por cento.

O diplomata disse ainda que após o levantamento das restrições relacionadas com a covid-19 têm chegado a Angola vários grupos empresariais, realçando a estabilidade política e social do país, que mostra grande potencial para chineses e angolanos explorarem novas oportunidades de cooperação na área de comércio e investimento.

"Há vários projectos em curso da parte chinesa que já convidou a parte angolana a participar na terceira edição da feira de comércio e investimento China-África que vai realiza-se na província chinesa de Hunan entre finais de Junho e início de Julho", avançou o responsável, dizendo que é esperada uma delegação angolana com vários empresários para fazer um 'road show' para mostrar à China as novas oportunidades que estão a surgir.

Gong Tao sublinhou ainda que os dois países vão continuar a manter contactos de alto nível para consolidar ainda mais as relações políticas e impulsionar a cooperação de comércio e investimento, bem como ajudar a promover paz e estabilidade nos assuntos internacionais e regionais.

"China e Angola têm objectivos comuns e sempre fizeram esforços para ajudar os parceiros internacionais a uma resolução pacífica dos conflitos", completou.

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