Sílvia Lutucuta, ministra da Saúde, que falava esta Terça-feira na 74.ª Assembleia Mundial da Saúde, observou que o poder político está a ser conduzido pela covid-19, levando a que os países tenham de mudar as suas prioridades para adoptar medidas que visem combater a ocorrência de uma crise nos sistemas de saúde.
Citada pela Angop, a governante afirmou que o aparecimento de "novas vacinas como produto da ciência e a capacidade humana de inovação e resiliência abre uma janela de oportunidade para uma solução". No entanto, o acesso limitado e desigual às vacinas adia as "ambições de regresso à normalidade".
Afirmando que a pandemia continua a ser uma ameaça, Sílvia Lutucuta defendeu que esta só pode ser vencida com respostas conjuntas e concertadas.
Para a ministra o agravamento da crise económica está a ter consequências negativas na prestação de serviços de saúde e na aplicação de programas de saúde pública. Está também a provocar um atraso na concretização do objectivo de cobertura universal dos cuidados de saúde primários.
A ministra falou ainda sobre o passaporte de vacinação. A responsável não concorda que cada região tenha o seu próprio passaporte, defendendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) devia chefiar um processo de criação de um passaporte universal, para evitar que hajam casos de discriminação e assegurar que ninguém fica "para trás".
No seu discurso, Sílvia Lutucuta elogiou os eforços da OMS em combater a pandemia, destacando a atenção que tem sido dada a Angola.
Apelou ainda para que os compromissos dos Estados mebros sejam renovados, com vista a "pôr fim a esta pandemia, evitando a próxima e se construir um mundo mais saudável, mais seguro e mais justo".
