"Alguns compatriotas baixaram a guarda na prevenção da pandemia, o que levou a uma vaga de casos positivos esta semana", após a China ter lançado em Angola a operação "Sementes da Primavera", para vacinar os seus cidadãos no estrangeiro, lamentou a embaixada.
Num comunicado, a embaixada aponta o dedo sobretudo aos chineses que frequentam "locais de entretenimento num centro comercial", onde "se têm juntado multidões para jogar cartas".
Existiam em 2 de Maio 115 casos activos na comunidade chinesa em Angola, referiu a embaixada na Segunda-feira.
Já na Sexta-feira passada a embaixada tinha avisado que a falta de cuidado tem "colocado em risco a saúde e a vida" dos chineses que vivem em Angola, prejudicou o plano de vacinação da comunidade e até já impediu alguns chineses de regressar à China.
A embaixada revelou na Segunda-feira que um chinês foi esta semana impedido de embarcar no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, num voo com destino à China, e obrigado a regressar a Angola, após ter um resultado positivo no teste ao novo coronavírus.
Cinco dos cidadãos chineses com resultado positivo no teste ao novo coronavírus na semana passada já tinham recebido as duas doses da vacina contra a covid-19.
Outros 14 pacientes tinham recebido a primeira dose da vacina BBIBP-CorV, desenvolvida pela farmacêutica estatal chinesa Sinopharm.
A embaixada sublinhou que a eficácia da vacina da Sinopharm "varia de pessoa em pessoa" e que não existem ainda "dados científicos detalhados" sobre a eficácia da vacina da Sinopharm contra as variantes do coronavírus SARS-CoV-2 detectadas no Reino Unido e na África do Sul.
Dados de testes clínicos realizados na China e no estrangeiro já demonstraram bons resultados da vacina BBIBP-CorV contra estas variantes, disse a 29 de Março Zhang Yuntao, vice-presidente do China National Biotech Group, subsidiária da Sinopharm.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, alertou na Segunda-feira para a circulação comunitária das estirpes sul-africana e inglesa na capital.