Falta apenas terminar a instalação das esteiras de linha-férrea para transportar o minério e o carvão, instalar o sistema de electrificação e de refrigeração do ferro gusa, para que a siderúrgica, situada na província do Cuando Cubango, comece a funcionar, indicou o responsável.
Citado pelo Jornal de Angola, Wilton Reis explicou que os equipamentos necessários para a realização dos trabalhos já estão no município do Cuchi. Contudo, a empresa ainda está à espera que, em breve, cheguem ao país técnicos brasileiros para operarem as máquinas.
"Neste momento, a pandemia de covid-19, que está a afectar severamente o Brasil, é que está a impedir a vinda a Angola dos técnicos brasileiros que vão assegurar o funcionamento da Companhia Siderúrgica do Cuchi", informou.
O responsável também afirmou que iam ser enviados para o Brasil 25 angolanos para terem formação. A medida visava reduzir o número de expatriados em Angola, contudo, por causa da pandemia não foi possível concretizar esse objectivo.
As obras do projecto iniciaram-se em 2015 e desde então já foi erguido o primeiro alto-forno (estão previstos três), infra-estruturas electromecânicas, silos de armazenamento, reservatório de água, sala de máquinas e 25 das 50 suítes estimadas para hospedar os técnicos.
Dos 300 milhões de dólares previstos para a construção da fábrica e aquisição de equipamentos, já foram aplicados mais de 60 milhões, adiantou o responsável.
O director-geral do projecto revelou que com a entrada da siderúrgica em funcionamento, deverão ser gerados 3500 empregos directos. Estima-se que o projecto produza diariamente 250 toneladas de ferro gusa e 7500 toneladas de ferro por mês.
Fez ainda saber que esta é a primeira fundição no país a funcionar com uma fonte de energia renovável, neste caso carvão vegetal.