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Saúde

Covid-19: África com média de mais de 2100 infecções por dia

O continente africano registou na semana passada uma média de mais de 2100 novos casos de covid-19 por dia, 1,5 vezes mais do que na semana anterior, indicou esta Quinta-feira o África CDC.

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Os dados foram avançados pelo director do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (Africa CDC), John Nkengasong, durante a conferência de imprensa semanal a partir da sede da organização em Adis Abeba, na Etiópia.

"Na semana entre 30 de Abril e 6 de Maio, foram reportados 14.757 novos casos de covid-19 comparados com os 10.500 registados na semana anterior. Tivemos 1,5 vezes mais casos esta semana, com uma média de 2108 por dia", disse.

O responsável do África CDC assinalou o facto de o continente ter ultrapassado a barreira dos 50 mil casos de infecção pelo novo coronavírus e as duas mil mortes (2012), adiantando que a taxa de mortalidade no continente se situa nos 3,9 por cento.

"O número de mortes inclui pessoal médico, o que é lamentável. Temos de proteger as pessoas que nos protegem, mas infelizmente estamos a ver uma tendência crescente de mortes entre os profissionais da saúde", afirmou.

Por outro lado, apontou John Nkengasong, mais de 17.500 doentes foram dados como recuperados.

"Temos de celebrar qualquer pequena vitória", disse.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 1959 para 2012, enquanto as infeções aumentaram de 49.352 para 51.698.

O número total de doentes recuperados subiu de 16.315 para 17.590.

Apesar de, no contexto global africano, os países não registarem muitos casos acumulados, o director do África CDC alertou para a necessidade de "não ser complacente" com a ideia de que determinado país tem poucos casos.

"Este é um vírus muito perigoso e tem uma enorme capacidade de se propagar rapidamente", disse, adiantando que os países não podem baixar a guarda por ter um pequeno número e casos.

"A qualquer momento a situação pode alterar-se e temos assistido a mudanças muito rápidas. Por isso, é preciso intensificar a monitorização, testagem e tratamento das pessoas", disse.

"As batalhas serão travadas localmente em cada país membro, mas a vitória tem de ser continental porque infecções de covid-19 num país africano representam infecções em todos os países africanos", disse.

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