De acordo com o anúncio do Ministério dos Petróleos, Geologia e Minas, os candidatos para a concessão de ferro não conseguiram atingir "a pontuação mínima requerida", ficando essa concessão por atribuir.
Estavam ainda em concurso a concessão de fosfatos e a concessão de diamantes.
De acordo com a tutela, os direitos mineiros para a concessão de fosfatos foram atribuídos às empresas Minbos Resources, Lda – Concessão de Cácata, em Cabinda – e à Cimenfort Industrial, Lda – Concessão Lucunga, no Zaire.
Já as empresas Ishangol LLC – Concessão de Camafuca-Camazambo, na Lunda Norte - e o Consórcio B&A Somipa – Concessão de Tchitengo, na Lunda Norte e Lunda Sul -, foram as vencedoras para a concessão de diamantes.
O presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Ganga Júnior, explicou esta Sexta-feira que as duas concessões de diamantes neste processo de licitação já tinham sido outorgadas antes.
"Camafuca, por exemplo, teve mais de 10 anos já outorgada, com empresários nacionais e estrangeiros, mas entretanto, não arrancou, e para que as minas possam contribuir para esse processo de formação de riqueza, tivemos que trabalhar no sentido de serem rescindidos os contratos anteriores e procurar soluções", referiu.
O presidente da Endiama acrescentou que os investimentos nas duas concessões "não são inferiores a 150 a 200 milhões de dólares" cada uma.
Ganga Júnior disse ainda que foi tomado "algum cuidado na definição do perfil das empresas que seriam aceites para participar nesse concurso e a questão da capacidade técnica, financeira e a experiência delas, que constituiu um importante elemento de selecção".
Para este concurso, o ministério recebeu no final do ano passado 17 propostas para a aquisição de direitos mineiros para cinco concessões de diamantes, ferro e fosfato.
As empresas vencedoras "irão negociar e assinar os contratos nos próximos dias, marcando assim o fecho deste concurso", explicou a tutela, numa publicação no seu Facebook.
"Agora vamos apenas aprofundar mais, proceder à negociação e assinatura dos respevtivos contratos", disse Ganga Júnior, destacando que a desburocratização do processo "é extremamente importante".
"O trabalho essencial foi feito, agora a negociação parece que não vai levar assim tanto tempo mais", realçou.
Quando arrancarem esses dois projectos, pelo menos 3000 novos postos de trabalho estarão garantidos, indicou Ganga Júnior.