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Crianças entre os 13 e 16 anos estudam à noite por falta de escolas

A ministra da Educação admitiu que há no país, particularmente em Luanda, crianças entre os 13 e 16 anos a frequentarem o ensino nocturno, por escassez de escolas.

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Maria Cândida Teixeira, que falava em Luanda à margem do lançamento de um projecto de resgate da cidadania através da educação, disse que "a situação continua" porque não foram construídas mais escolas.

"A situação mantém-se, continuamos com crianças nessa faixa etária, muitas delas sem poderem ter acesso à escola. É uma preocupação que nós temos, mas nada que o tempo não possa resolver", referiu a ministra.

Segundo a ministra, há um programa "ambicioso" do Governo para a construção de escolas, que caso se efective "talvez a situação venha a ser resolvida".

A situação noticiada, em 2018, pelo Jornal de Angola, foi confirmada na altura pelo então, responsável pelo Ensino Geral do Ministério da Educação, Pacheco Francisco, que disse haver no país muitas escolas do ensino primário, mas "um número muito reduzido" de escolas do primeiro ciclo.

De acordo com Francisco Pacheco, o número de alunos que concluem o ensino primário - até à sexta classe - é superior à capacidade das escolas do primeiro ciclo, da sétima até à nona classe.

"Com certeza que os responsáveis dessas escolas acomodam essas crianças nesse horário para não ficarem fora do sistema de ensino", frisou aquele responsável, sublinhando que à noite devem estudar apenas alunos a partir dos 17 anos.

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