Os números sobre os passageiros transportados entre 2008 e o primeiro trimestre de 2018 foram apresentados esta Terça-feira, em Luanda, pelo Ministério dos Transportes.
De acordo com a directora do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) do Ministério dos Transportes, Teresa Muro, foram ainda transportadas mais de 137 milhões de toneladas de produtos diversos no mesmo período.
No ramo dos transportes rodoviários, explicou a responsável, foram elaborados nos últimos dez anos 19 estudos sobre o Plano Nacional de Transportes Públicos Colectivos Urbanos Regulares de Passageiros em todas as províncias de Angola.
Quanto ao ramo ferroviário, adiantou, três caminhos-de-ferro – Luanda, Benguela e Moçâmedes – foram reabilitados, num total de 2720 quilómetros, além de construídos três centros de formação ferroviária nas províncias do Bengo, Huambo e Huíla. Em simultâneo, foram ainda reabilitados os portos do Lobito, Cabinda, Namibe e Soyo, no ramo marítimo/portuário.
Em relação ao ramo dos transportes aéreos, Teresa Muro deu a conhecer que foram emitidos certificados para 13 operadores aéreos nacionais, para voos domésticos, mas também reabilitados, requalificados e modernizados 15 aeroportos e construídos dois novos aeroportos.
Durante a sua intervenção, a directora do GEPE do Ministério dos Transportes informou igualmente que só desde o primeiro trimestre deste ano, Angola recebeu 352 autocarros dos 1500 que pretende adquirir para o Programa de Transporte Escolar.
O sector nacional dos transportes conta com nove serviços de apoio técnico e três de apoio instrumental, sete institutos, dos quais quatro com autonomia financeira, catorze empresas e opera nos ramos rodoviário, ferroviário, marítimo/portuário e aéreo.
A insuficiência de técnicos qualificados em todas as áreas, instalações e equipamentos inadequados para o exercício das funções e o incumprimento da legislação relativa à contratação pública foram apontados como alguns dos constrangimentos registados nos institutos tutelados por aquele ministério.
Já a nível das empresas do sector foram apontadas pela responsável a "inexistência de contratos-programa, o excedente de trabalhadores, a falta de gestão profissional e foco empresarial, a baixa rentabilidade" como os principais constrangimentos.