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PR diz que não há “nenhuma conspiração” contra homólogo da RDCongo

O Presidente João Lourenço afirmou, em Paris, que não há "nenhuma conspiração" contra o Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo), mas que Joseph Kabila deve respeitar os acordos que prevêem eleições a 23 de Dezembro.

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A mesma posição foi partilhada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, que recebeu João Lourenço no Palácio do Eliseu, cinco dias depois de ter recebido o homólogo do Ruanda e presidente em exercício da União Africana, Paul Kagame.

"As conversas havidas entre o Presidente Kagame e o Presidente João Lourenço não foram feitas às escondidas, têm sido feitas nas cimeiras em que nós nos encontramos e a única matéria que nós tratámos sobre a RDCongo não é nenhuma conspiração, antes pelo contrário, é a necessidade de levar a que o Presidente Kabila respeite os acordos de São Silvestre", realçou João Lourenço.

O também presidente do órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) adiantou que vai receber, em Luanda, "nos próximos dias", o seu homólogo da RDCongo.

João Lourenço disse que "houve um acordo entre o governo e a oposição, que teve a mediação" e até "a bênção da igreja", em referência ao Acordo de São Silvestre, e destacou que "tudo o que é abençoado deve ser respeitado".

O Presidente relembrou, também, que "a RDCongo é um país com quase cem milhões de habitantes e que faz fronteira com pelo menos nove países africanos", pelo que nenhum governante pretende ver instabilidade na RDCongo pelas consequência que podem advir para toda aquela região".

"Não se trata de alguém dizer ‘Presidente Kabila vá-se embora’. Aliás, ninguém tem o direito de o fazer, isto é um problema que só cabe ao povo congolês, sobretudo aos eleitores congoleses que nas urnas deverão expressar a sua vontade de eleger o Presidente que julgarem o mais preparado", afirmou, sublinhando que se trata de fazer "eleições que sejam aceites pela comunidade internacional".

Emmanuel Macron defendeu que o Acordo de São Silvestre "prevê eleições livres e sinceras em que o Presidente Kabila não deve participar" e que Paris "apoia as iniciativas dos países da região, incluindo de Angola".

"Sobre a República Democrática do Congo, partilhamos as mesmas preocupações e as mesmas vontades. A França irá apoiar as iniciativas que venham a ser tomadas pelos países da região e pela União Africana, as quais que passam simplesmente por fazer aplicar os acordos que permitam uma clarificação da situação política. Sem qualquer complacência, com calma e clareza", afirmou Emmanuel Macron.

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