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Política

Economista-chefe da OCDE confiante no “governo reformista” de Angola

O economista-chefe em exercício da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Álvaro Santos Pereira, mostrou-se confiante no "governo reformista" de Angola, no dia em que termina a visita oficial do presidente João Lourenço a França.

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O ex-ministro português da Economia, que falava aos jornalistas depois da apresentação das perspectivas económicas da OCDE, sublinhou que "o importante é nos próximos anos haver reformas", ainda que Angola "beneficie bastante do aumento dos preços das matérias-primas", nomeadamente do petróleo.

"O importante é nos próximos anos haver reformas para melhorar o ambiente de negócios, para diminuir as barreiras ao investimento, para atrair mais investimento, para diversificar a economia. Acho que isso é fundamental. E penso, tenho confiança, que o novo governo parece ser um governo reformista, portanto espero que consiga levar a cabo essas mesmas reformas", afirmou.

Álvaro Santos Pereira acrescentou que, tanto Angola como Moçambique, "nos últimos 20 anos evoluíram muitíssimo a nível do crescimento económico" e reiterou que "o fundamental é avançar com reformas para melhorar o clima de negócios, para diminuir a informalidade das economias e para atrair mais investimento", de forma a "aumentar a concorrência, o emprego e o crescimento da economia".

Para África de uma forma geral, "as perspectivas são melhores do que eram há pouco tempo" porque "alguns países, como a Tunísia, começam a fazer algumas reformas interessantes" e na "África do Sul há a intenção de avançar com algumas reformas das empresas públicas e também melhorar o clima de negócios".

Álvaro Santos Pereira salientou, ainda, que "a subida do preço das matérias-primas e do preço do petróleo é uma boa notícia para muitos governos africanos e também para as economias africanas".

O presidente João Lourenço termina esta Quarta-feira a primeira visita oficial a França desde que foi empossado em Setembro de 2017, tendo sido recebido, na Segunda-feira, pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron, numa deslocação que ficou marcada pela assinatura de vários acordos nas áreas da energia, defesa, agricultura, economia e formação de quadros.

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