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Política

Presidente da República quer embaixadores atentos à política internacional

João Lourenço pediu esta Terça-feira aos embaixadores um acompanhamento permanente e atento à situação política internacional, para Angola estar à altura de a interpretar e encontrar soluções para os desafios que se colocam a cada momento.

: João Lourenço com Ursula von der Leyen, ministra da Defesa alemã
João Lourenço com Ursula von der Leyen, ministra da Defesa alemã  

João Lourenço discursava na abertura da VIII reunião de embaixadores de Angola no exterior, encontro em que serão abordados aspectos administrativos e financeiros do Ministério das Relações Exteriores.

"Por isso mesmo, é importante que vossas excelências, nos países e nas zonas da vossa actuação, façam a observação criteriosa dos fenómenos que aí ocorrem, para que contribuam com ideias que sirvam de base aos órgãos centrais para formularem políticas adequadas ao momento e que favoreçam o estreitamento dos laços de cooperação, amizade e solidariedade com esses mesmos países", referiu.

O chefe de Estado destacou as acções a desenvolver em África, para onde deverão convergir os esforços não só para melhorar cada vez mais as relações com os países africanos, mas também para prestar a assistência possível, contribuindo na resolução dos conflitos onde ainda subsistem.

Os conflitos na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana, no Burundi e no Sudão do Sul são os que João Lourenço defendeu a necessidade de esforços no sentido de se desenharem soluções políticas e diplomáticas assentes no diálogo, que concorram para o restabelecimento da paz nesses países.

"No caso particular da RDCongo, até mesmo pelas incidências directas do conflito no nosso país, a República de Angola vai continuar a empenhar-se conjuntamente com outros parceiros regionais e internacionais, no sentido de que o Governo do Congo Democrático implemente cabalmente os acordos internamente estabelecidos", disse João Lourenço, realçando que estes passos serão dados respeitando a soberania do Estado congolês.

O terrorismo em África, a imigração ilegal e o contrabando nas suas múltiplas vertentes são aspectos que a diplomacia angolana não deve descurar.

Ainda no plano internacional, fora do continente africano, o chefe de Estado expressou o desejo de Angola "de que se observem as normas de direito internacional e as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como instrumentos válidos para a resolução dos problemas que o mundo vai enfrentando.

João Lourenço congratulou-se com a perspectiva de paz duradoura que se abre na resolução do conflito na península coreana, mas em relação ao velho conflito no médio oriente, que opõe palestinos e israelitas, Angola continua a defender a necessidade do estrito respeito das resoluções do conselho de Segurança da ONU, que apontam para a criação do Estado da Palestina, convivendo pacificamente com o Estado de Israel.

O Presidente da República lamentou o nível preocupante deste conflito, que acabou por se internacionalizar, com o envolvimento dos Estados Unidos da América, Rússia, Turquia, Irão e Israel, fazendo daquele território "um verdadeiro barril de pólvora, que já causou a morte de milhares de cidadãos, a destruição de cidades inteiras e um elevadíssimo número de refugiados".

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