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Economia

Crise levou 70 por cento do Investimento Directo Estrangeiro

O Investimento Directo Estrangeiro caiu quase 70 por cento entre 2013 e 2017, para 5700 milhões de dólares, de acordo com dados oficiais do Governo, a que a Lusa teve acesso.

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Segundo a mesma informação governamental deste mês, o Investimento Directo Estrangeiro em 2013, antes do início da crise que afectou Angola, devido à quebra na cotação internacional do barril de crude, foi de 18.300 milhões de dólares.

Este investimento inclui capital próprio e outras entradas de capital em Angola, bem como receitas de petróleo reinvestido.

O próprio Governo admite, no mesmo documento, que se os níveis actuais de Investimento Directo Estrangeiro continuarem a diminuir, "isso poderá impedir significativamente o progresso de sectores importantes para a economia angolana e o seu crescimento", mas também "abrandar ou travar o seu desenvolvimento económico".

O primeiro alerta para a falta de interesse do estrangeiro no investimento em Angola foi feito em Janeiro deste ano pelo presidente João Lourenço, que assumiu o compromisso do Estado com o repatriamento dos dividendos e com a segurança jurídica e dos bens físicos dos empresários que apostarem no país.

Falando na altura na tradicional sessão de cumprimentos de ano novo do corpo diplomático acreditado em Angola, pela primeira vez com João Lourenço como Presidente da República, o chefe de Estado garantiu que serão criadas nos próximos meses "todas as condições que se impuserem para que possam realizar com tranquilidade a sua actividade em Angola".

Bem como para "repatriar os seus dividendos sem condicionalismos de espécie alguma, desde que observem a legislação angolana", garantiu João Lourenço.

Admitiu a necessidade de, "com urgência", criar condições, a nível interno, "que restituam a credibilidade necessária aos sectores e instituições que intervêm na relação com os investidores, de modo a que não hesitem em trazer o seu dinheiro para Angola".

A liberalização do investimento estrangeiro em Angola, através da nova lei do Investimento Privado, recentemente aprovada e que acabou com a obrigatoriedade de parceiros locais ou valores mínimos de investimento, é igualmente tida como essencial para fomentar o aumento do investimento estrangeiro no país.

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