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Sonangol paga 1300 milhões por navios-sonda encomendados à Coreia do Sul

A Sonangol reiterou a sua intenção de "honrar os compromissos" para a aquisição definitiva de dois navios-sonda, construídos na Coreia do Sul, um negócio global superior a 1300 milhões de dólares.

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Num comunicado distribuído à imprensa, a Sonangol refere que o entendimento para o efeito foi restabelecido, na Quinta-feira passada, num encontro, ocorrido à margem da Conferência de Tecnologias Offshore (OTC na sigla inglesa), em Houston, Texas, Estados Unidos da América, entre a delegação da petrolífera angolana e uma comitiva da empresa coreana Daewoo.

A Sonangol garantiu em Março de 2017 que os dois navios-sonda encomendados à Coreia do Sul iriam entrar em breve ao serviço, após concluído o novo modelo de negócio para os rentabilizar.

De acordo com o comunicado, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, acordou os mecanismos a accionar pela petrolífera nacional, visando o abate da dívida com a empresa sul-coreana, para que os navios-sonda entrem em funcionamento no próximo ano.

Realça ainda que "os dois navios, construídos sob encomenda da Sonangol, deverão ser peças-chave na estratégia da petrolífera, que prevê, para 2019, o recrudescimento dos projectos de desenvolvimento petrolífero".

Esta dívida, de 884,1 milhões de dólares da petrolífera nacional à Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering (DSME), foi já um assunto abordado pelo então ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, com o Governo coreano, por altura da sua visita ao país asiático, em 2017.

O pagamento por parte da empresa pública tem vindo a ser sucessivamente atrasado, devido às dificuldades que a Sonangol atravessa, situação que tem inviabilizado a entrega dos navios, além de ameaçar a sobrevivência daquele estaleiro.

Aquando da contratação destes navios à DSME, em 2013, por 1240 milhões de dólares, a Sonangol pagou 20 por cento do valor como entrada, mas terá falhado as restantes prestações.

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