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Obras de António Ole superam estimativas em leilão de Londres

Algumas das obras de António Ole superaram as estimativas no primeiro leilão da Sotheby's dedicado exclusivamente a Arte Moderna e Contemporânea de África, que se realizou em Londres.

Sotheby's: Espírito Caluanda, por António Ole
Espírito Caluanda, por António Ole   Sotheby's

"Memória", de António Ole, criada em 2016, que tinha uma estimativa base de entre 16.000 e 20.000 libras (18.500 - 23.100 euros), acabou por ser licitado por mais de 20 mil libras (cerca de 23.292 mil euros), o mesmo preço alcançado por "Espírito Caluanda", de 2015, que tinha uma estimativa base de entre 12.000 e 18.000 libras (13.900 - 20.800 euros).

Do mesmo artista, "Sem título", de 1996, avaliado em entre 4000 e 6000 libras (4650 e .000 euros), foi licitado por 5625 libras (6551 euros).

Francisco Vidal tinha duas obras no catálogo: "Bye bye NYC, Hello LD; Bye bye LD, Hello NYC", de 2014, com valor estimado entre 15.000 e 20.000 libras (11.600 - 17.300 euros), foi licitada por 12.500 libras (14.557 euros), porém "Icarus Chocolate", de 2013, que tinha um preço estimado entre 15.000 e 20.000 libras (17.300 - 23.100 euros), não conseguiu atrair um comprador.

No total, ficaram por vender 36 lotes, mas o leilão rendeu 2.772.250 libras (3.254.753 euros), perto da estimativa mais baixa de 3,8 milhões de libras que a Sotheby's tinha esperança de angariar.

Ao todo, foram a leilão 115 obras de arte de mais de 60 artistas de 14 países, incluindo, além de Angola, Argélia, Benin, Gana, Costa do Marfim, Mali, Nigéria, Senegal, Etiópia, Uganda, Camarões, República Democrática do Congo, África do Sul e Zimbabué.

"A Sotheby's tem observado este mercado crescer há vários anos e decidiu que esta era a altura certa para entrar no mesmo. Temos registado um aumento enorme de clientes do continente [Africano], bem como de coleccionadores do resto do mundo que estão muito interessados em coleccionar arte africana", afirmou na apresentação a directora de Departamento da Sotehby's, Hannah O'Leary, à agência Lusa.

Segundo a leiloeira britânica, apesar de um grande progresso nos últimos anos, os artistas africanos representam apenas 0,01 por cento do mercado internacional de arte.

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