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Angolanos vão à Rússia comprar adubo mas querem know-how para produzir no país

Um grupo de empresários angolanos desloca-se em Junho à Rússia para adquirir 80.000 toneladas de adubos simples, mas já iniciaram os contactos com empresários russos para o apoio à produção de sementes no país.

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A informação foi avançada à agência Lusa pelo director da Unidade Técnica de Investimento Privado do Ministério da Agricultura, António Sozinho, à margem do fórum económico sobre oportunidades de negócios para investidores russos e angolanos, realizado em Luanda, no âmbito da visita de trabalho do vice-primeiro-ministro da Rússia, Yuri Trutinev.

O responsável sublinhou que está em acção um programa de produção de sementes, para que Angola tenha uma indústria competitiva e sustentável, no seu programa de diversificação da economia, que tem como grande aposta a agricultura.

António Sozinho referiu que o programa de produção de sementes está em acção com a Zâmbia e o Zimbabué, para a produção de culturas tropicais, nomeadamente milho, soja, feijão. "E pensamos também avançar com a Rússia, no que concerne à produção do trigo, que é um cereal fundamental não só para a dieta alimentar, como para a ração animal e para a indústria também", disse.

Acrescentou que o pedido de apoio da Rússia estende-se igualmente à produção de adubos, para uma produção competitiva, que apenas pode ocorrer com o aumento da fertilidade dos solos. "A Rússia é uma grande potência no que concerne à produção, quer dos adubos compostos quer dos adubos simples. É uma grande potência no concerne à produção de pesticidas, estou-me a referir aos pesticidas, herbicidas, que é indispensável para uma agricultura", frisou.

"Estamos a manter contactos com a Rússia no sentido de numa primeira fase adquirir no mercado russo esses fertilizantes, amónio e ureia, por isso é que uma delegação de empresários angolanos vai se deslocar no dia 6 à Rússia para a compra de fertilizantes e numa segunda fase ajudarem-nos na produção desses fertilizantes em Angola", acrescentou.

Segundo António Sozinho, o avanço dos projectos prende-se com a falta de financiamento desses produtores, estando em curso negociações com o Banco de Desenvolvimento de Angola.

"Eles têm condições, estão já instaladas algumas infra-estruturas, e neste momento estamos a trabalhar com o Banco de Desenvolvimento no sentido de financiar esses produtores para que em dois anos possamos ter sementes produzidas em Angola", acentuou.

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