Dora Siliya falava em Luanda, após reunir-se com o homólogo angolano, Marcos Nhunga, encontro que juntou ainda representantes diplomáticos do Zimbabué e da Namíbia para debater a cooperação tripartida no domínio da produção de sementes e da formação de quadros.
A preocupação angolana centra-se nos constrangimentos que condicionam ainda o desenvolvimento da agricultura, como a reduzida mecanização das largas áreas de cultivo potencial, a baixa produção e produtividade associada à baixa qualidade das sementes ou à falta de fertilizantes, que Angola não consegue produzir nem importar com regularidade.
Na procura de um entendimento entre os quatro países da região, a Zâmbia já se disponibilizou a entregar cinco mil toneladas de sementes diversas a Angola, com Dora Siliya a manifestar-se preocupada com a falta de segurança alimentar em algumas regiões do continente africano.
A Zâmbia tem uma produção excedentária de milho, que chega a três milhões de toneladas por ano, com o Governo a comprar parte dessa quantidade para a Agência de Reserva Alimentar.
As necessidades angolanas em termos de milho ascendam este ano a 5,5 milhões de toneladas, para consumo humano e ração animal, mas cerca de metade desta quantidade ainda é importada.