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Alves da Rocha espera que FMI traga “boa governação”, com menos ministros

O director do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) de Angola, Alves da Rocha, defende que o pedido de apoio ao Fundo Monetário Internacional (FMI) contribuirá para a transparência e boa governação no país.

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Para o responsável do centro de investigação da Universidade Católica de Angola, em causa está a necessidade de o Estado "gerar poupanças públicas", a encaminhar para a criação de emprego e para "atenuar as degradantes condições sociais da população".

Alves da Rocha defende que uma das vertentes que deverá merecer a atenção do FMI em relação a Angola é a eventual redução dos cargos governativos, na vertente da "boa governação". "Porque 35 ministros e pelo menos 70 secretários de Estado é coisa muita", diz.

Outra reforma "essencial" para o momento actual do país, refere Alves da Rocha, prende-se com a "aplicação integral" da Lei da Probidade Pública, de 2010, sobre o exercício de funções públicas e que pode servir para travar o enriquecimento ilícito.

Esta lei prevê, entre outros aspectos, que os titulares de cargos públicos declarem todos os bens que possuem a quando do início de funções. "Um sinal de separação entre negócios e política. No Brasil a confusão entre os interesses públicos e privados conduziu à mais grave crise económica, social e política de que há memória nesta jovem democracia, que tem tantos anos quantos nós temos de independência", apontou Alves da Rocha.

"Vamos ver o que o FMI vai aconselhar nestes dois domínios cruciais da transparência e boa governação", vaticinou o economista e ex-quadro do Ministério da Administração do Território angolano.

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