Em causa está o projecto do grupo nacional Zahara - que detém as marcas Kero e Xyami, das principais referências na área do retalho no nosso país -, aprovado em Março pela Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP).
Visa neste caso a prestação de serviços de gestão de instalações e recursos humanos, bem como serviços de suporte ao mercado empresarial, do grupo e não, na província de Luanda, lê-se no contrato de investimento, a que a Lusa teve hoje acesso, no valor de 14,7 milhões de dólares.
No total, com este projecto, aprovado pelo Presidente (por ser superior a 10 milhões de dólares) serão criados 2965 postos de trabalho directos, incluindo 67 para expatriados, e gerado um valor acrescentado bruto superior a 448 milhões de dólares até 2021.
O contrato de investimento não adianta mais pormenores sobre o projecto, apenas que será implementado em 36 meses e que beneficiará de incentivos fiscais, ao abrigo da legislação sobre o investimento privado, como a redução em 42,5 por cento do pagamento dos impostos Industrial, sobre Aplicação de Capitais e de aquisição de terrenos e imóveis (Sisa) durante seis anos.
Trata-se do segundo grande investimento deste grupo privado aprovado pelo Governo no espaço de um mês, beneficiando igualmente de incentivos fiscais. O anterior, que a Lusa noticiou a 20 de Abril, consiste na construção, expansão e remodelação de uma rede de 41 lojas para retalho especializado de vestuário, calçado e acessórios, bem como a representação comercial de marcas, prevendo a criação de 644 postos de trabalho directos e 1.620 indirectos, através de um investimento global de 45,2 milhões de dólares.
Neste caso, o projecto deverá gerar um valor acrescentado bruto superior a 184,1 milhões de dólares até 2020, segundo previsão dos promotores. Os empreendimentos abrangem a província de Luanda e os municípios de Benguela, Lubango e Huambo.