O primeiro contrato envolve a Empresa Nacional de Mecanização Agrícola de Angola, responsável pelo desbravamento de terras e terraplanagens para o sector agrícola, autorizada por despacho do Ministério da Agricultura, de 19 de Maio e ao qual a Lusa teve acesso, a concluir este negócio.
A contratação das empresas Homt España, Tragsa - Empresa de Transformación Agraria e Tragsatec - Tecnologias e Servicios por 7,6 milhões de dólares é justificada no documento pela necessidade de assegurar a "melhoria da gestão e formação de brigadas de engenharia rural e fornecimento de bens e equipamentos para as brigadas" que garantem as operações no terreno.
Desde 2014, a Empresa Nacional de Mecanização Agrícola de Angola previa desbravar 30.000 hectares de terrenos em todo o país, destinados à campanha agrícola de 2015, no quadro do Plano Nacional de Preparação de Terras.
Um segundo contrato, com as mesmas três empresas espanholas e de valor semelhante – 7,6 milhões de dólares -, foi autorizado pela tutela da Agricultura e será assinado pela empresa pública Gesterra, de gestão de terras aráveis, prevendo a realização de estudos para o desenvolvimento rural, mediante a conversão para o regadio de 10.000 hectares de terrenos.
O nosso país vive desde 2015 uma crise económica e financeira decorrente da quebra das receitas da exportação de petróleo e já este ano o Governo lançou um programa que visa diversificar a economia, reduzindo as importações e aumentando as exportações, tendo a agricultura como um dos pilares.