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Ambiente

Governo vai construir aterros e estações de tratamento para controlar lixo em Luanda

O secretário de Estado do Ambiente, Syanga Abílio, vai presidir a uma comissão responsável pela construção de aterros e várias infra-estruturas para gestão de resíduos em Luanda, segundo despacho presidencial a que a Lusa teve acesso.

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Em causa está um novo modelo de limpeza e de gestão dos resíduos defendido para a capital, que está a braços com uma crise de lixo há cerca de um ano, devido aos cortes orçamentais nesta área e que levaram à redução do serviço prestado pelas empresas privadas de limpeza.

Esta acumulação de lixo pelas ruas da província de Luanda, fortemente contestada pela população, coincide com epidemias de febre-amarela e de malária, com perto de meio milhão de pessoas afectadas, na capital.

No mesmo despacho, de 9 de Maio, o Presidente José Eduardo dos Santos, autoriza a abertura de um procedimento de negociação para a construção e gestão de centrais de tratamento e valorização de resíduos, de estações de transferência e de aterros, além da implementação de serviços de limpeza pública em Luanda.

A medida é justificada pela "necessidade urgente de se implementar um modelo sustentável de limpeza urbana na cidade de Luanda, para fazer face à situação que a mesma atravessa", lê-se no despacho.

Para acompanhar a execução destes projectos - não foram divulgadas previsões de investimento -, foi criada a comissão de avaliação presidida pelo secretário de Estado do Ambiente e integrando elementos do governo provincial de Luanda, do Governo central e da Empresa de Saneamento e Limpeza de Luanda (Elisal).

Para evitar os focos perigosos, a população chega a queimar o lixo espalhado pelas ruas de Luanda, província com quase sete milhões de habitantes. 7

Entretanto, entrou em vigor nos últimos dias o novo modelo de limpeza de Luanda, que envolve os grupos brasileiros Queiroz Galvão e Odebrecht, e a empresa Vista Waste, do grupo português Mota-Engil, além da Elisal e Nova Ambiental. Estas cinco empresas vão garantir a limpeza de cinco dos sete municípios da província, incluindo a cidade de Luanda, faltando apenas anunciar as empresas seleccionadas para Icolo e Bengo e Quiçama.

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