A informação consta do comunicado com os resultados da petrolífera no primeiro trimestre de 2016, com a Cobalt a admitir que ainda prevê investir cerca de 120 milhões de dólares na operação de prospecção naqueles dois blocos (20/11 e 21/09), ambos em águas profundas, antes de concluída a transacção.
A venda destes dois blocos foi anunciada pelas duas petrolíferas em Agosto de 2015, por 1.750 milhões de dólares, mas continua sem se concretizar, apesar de a Cobalt sublinhar que as administrações das duas empresas se "reuniram recentemente" e "acertaram que ambas as partes têm total interesse" neste negócio.
A operação, contudo, "continua dependente da aprovação pelo Governo angolano, que até ao momento não retirou o apoio à transacção", refere a Cobalt, acrescentando que conjuntamente com a Sonangol foi entretanto acordado o início de discussões entre as duas partes sobre "opções" para "facilitar" a conclusão do negócio face "às actuais dificuldades da indústria [petrolífera] e condições de mercado".
No comunicado de Agosto de 2015, a estatal anunciava que, apesar de a Cobalt ficar como operador durante os próximos tempos, "todos os custos daqui para a frente serão suportados pela Sonangol", ficando a petrolífera norte-americana apenas com direitos sobre o bloco 9.
No bloco 20/11, a Cobalt detém uma participação maioritária de 40 por cento, face aos actuais 30 por cento da Sonangol e outros 30 por cento da BP, enquanto no bloco 21/09 a empresa pública angolana detém 60 por cento e a petrolífera norte-americana 40 por cento.
No mesmo comunicado com os resultados do grupo no primeiro trimestre, a Cobalt refere ter feito uma descoberta "significativa" de condensados e gás natural no poço de exploração Zalophus #1, no bloco 20.
A Cobalt adianta tratar-se da terceira descoberta do género no bloco 20 e a sexta no pré-sal angolano, referindo ainda que decorrem perfurações no poço Golfinho #1, cujos primeiros resultados apontam potencial para a existência de mais condensados e gás natural.
