De acordo com uma nota da World Vision, a que a Lusa teve acesso, a distribuição em massa de redes mosquiteiras será realizada em cooperação com o Ministério da Saúde e outros parceiros de implementação, para a intensificação da resposta à epidemia.
"Angola continua a enfrentar desafios consideráveis no combate à malária, mas os esforços coordenados entre o Governo, organizações internacionais e parceiros locais, como a World Vision Angola, têm demonstrado resultados promissores para alcançar uma Angola livre da malária", salienta.
O objectivo é distribuir dois tipos de mosquiteiros tratados com insecticida (MTI) à população, além de acções de pulverização residual intradomiciliária (PRI), a monitorização da resistência aos insecticidas, a vigilância entomológica, e a gestão ambiental das fontes de larvas, conforme o Plano Nacional de Controlo da Malária (PNMC 2020).
"A campanha será adaptada com base nas lições aprendidas nas acções anteriores, sendo executada em duas fases: distribuição porta a porta em zonas remotas e de difícil acesso, e distribuição em pontos fixos nas áreas urbanas e com maior densidade populacional", refere-se na nota.
A distribuição dos mosquiteiros será acompanhada de uma monitorização rigorosa sobre a eficácia das redes, a resistência aos insecticidas e a evolução da situação epidemiológica.
Segundo a World Vision, os resultados das campanhas anteriores, como a de 2022, "reflectiram na descida de cerca de 25 por cento dos óbitos registados entre 2022 e 2023, caindo para 9000 face aos anteriores 12.000".
De acordo com esta ONG, a campanha de 2025 tem como principal objectivo garantir que pelo menos 80 por cento da população visada tenha acesso às redes mosquiteiras, o que contribuirá significativamente para a redução da incidência da doença.
Em Angola, a malária é uma doença endémica, uma das principais causas de morbilidade e mortalidade que afecta todos os grupos etários, sendo os mais vulneráveis grávidas e crianças menores de cinco anos.
As características geomorfológicas e climáticas de algumas províncias de Angola tornam-na de alto risco epidémico.
Na passada Sexta-feira assinalou-se o Dia Mundial da Malária, instituído em 2007 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).