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Vera Daves destaca abertura a investimentos privados para aumentar electrificação do país

O Governo está aberto a parcerias privadas, tendo em vista o aumento da taxa de electrificação de Angola nos próximos anos, considerando o apoio financeiro do Banco Mundial (BM). Esta abertura foi destacada por Vera Daves, ministra das Finanças, ao intervir na reunião técnica da constituência da ANSA (grupo que reúne Angola, Nigéria e África do Sul) com parceiros do Banco Mundial, decorrida esta Terça-feira, no âmbito das reuniões de Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que têm lugar até dia 26 deste mês em Washington (Estados Unidos da América).

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Na ocasião, a titular da pasta das Finanças referiu que o Governo tem trabalhado para ampliar o acesso dos cidadãos à energia eléctrica, por meio de parcerias público-privadas.

Assim, citada pela Angop, a ministra apontou a urgência em avançar com a electrificação, para se alcançar os objectivos de crescimento e desenvolvimento, acabando por contar sempre com a colaboração do sector privado, por meio do suporte do Banco Mundial.

Vera Daves referiu ainda que se está a discutir as melhores estratégias, bem como as reformas políticas e regulamentares essenciais para a atracção do sector privado ao financiamento do projecto 'Missão 300', que se trata de uma iniciativa do Banco Mundial e ao qual o país enviará o seu plano até Setembro.

Já num outro encontro, no âmbito das reuniões de Primavera do BM e FMI, a ministra apresentou a visão estratégica para o Corredor do Lobito.

Segundo um comunicado do Ministério das Finanças, a que o VerAngola teve acesso, numa mesa-redonda, "promovida pelo Atlantic Council, dedicada ao Corredor do Lobito enquanto vector estratégico para o desenvolvimento económico de Angola e da região", Vera Daves realçou o papel do Corredor do Lobito.

No encontro – que contou igualmente com a participação de Ricardo D'Abreu, ministro dos Transportes –, a ministra das Finanças "destacou o papel do Corredor do Lobito enquanto catalisador para o investimento estrangeiro, sublinhando a importância da criação de incentivos fiscais, mecanismos de financiamento sustentáveis e a necessária estabilidade macroeconómica como factores determinantes para a atracção de capital privado e a dinamização do comércio intra-africano".

"A criação de um quadro fiscal atractivo, combinado com soluções de financiamento inovadoras, permitirá consolidar o Corredor do Lobito como um eixo económico de referência, potenciando o papel de Angola como plataforma logística e comercial no continente africano", realçou Vera Daves, citada na nota.

Já o ministro dos Transportes disse que "o verdadeiro objectivo de Angola com este projecto é o de transformar o Corredor do Lobito num autêntico corredor de desenvolvimento económico, com o apoio imprescindível do sector privado nacional e estrangeiro".

"A nossa ambição é consolidar um ambiente propício ao investimento, para que o sector privado possa desempenhar um papel activo na criação de valor e de emprego, e no crescimento sustentado", acrescentou.

Já João Fernandes, técnico sénior do Ministério da Energia e Águas, disse que a reunião técnica da constituência da ANSA com parceiros do Banco Mundial teve como objectivo proceder à apresentação aos parceiros do BM e à ANSA dos projectos prioritários para o alargamento da rede, incremento da eficácia energética, bem como acções isoladas e de electrificação rural alinhadas com o Plano de Desenvolvimento Nacional para o período de 2023-2027, escreve a Angop.

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