"Angola tem 500 mil crianças com zero doses de vacinas. Luanda é o epicentro, porque tudo começa em Luanda. Luanda tem 100 mil crianças, Viana tem 27 mil crianças", começou por dizer a responsável, citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA).
Segundo a coordenadora, a missão passa por resgatar as 100 mil crianças: "A nossa missão é resgatar todas 100 mil crianças, isso em Luanda, para que recebam as vacinas todas que fazem parte do calendário nacional", indicou, citada pela RNA.
Felismina Neto aproveitou ainda para referir a adesão à quarta dose da vacina contra a covid-19. "Há muita procura, muita pessoa por vacinar, desde adultos até crianças, e hoje já lá está a equipa para vacinar, então a participação activa da comunidade é fundamental para o sucesso dessa actividade", afirmou citada pela RNA.
Refira-se que esta semana arrancou a Semana Africana de Vacinação. De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde, a que o VerAngola teve acesso, o secretário de Estado para Área Hospitalar, Leonardo Europeu Inocêncio, assinalou presença, na Segunda-feira (24 de Abril), em Viana, no lançamento da referida semana, que acontece entre 24 e 30 de Abril.
"Este ano sob o lema 'População Vacinada - População Saudável', escolhido pela OMS [Organização Mundial de Saúde], é assumido por Angola com a necessidade de se acelerar o aumento da cobertura nacional de vacinação recuperando os não vacinados ou com vacinação incompleta, para se reduzir as doenças imuno-preveníveis pela vacinação, colocando as pessoas de todas as idades em especial as crianças e mulheres em idade fértil no centro de actuação com uma abordagem inovadora, transversal e multissectorial", lê-se na nota.
Na ocasião, Leonardo Europeu Inocêncio fez saber que o Governo criou o "Plano Nacional de Recuperação de Cobertura de Vacinação de Rotina e Integração de forma sustentável das crianças zero-dose com maior abrangência nas províncias de Luanda, Bié, Cunene, Huambo e Cuanza Sul".
O secretário de Estado, citado na nota, referiu ainda que a "vacinação contra tétano a mulheres em idade fértil e grávidas deve estar em alta prioridade e a vacinação contra o covid-19".
"A OMS estima que que a vacinação evita por ano a morte de cerca de três milhões de crianças", refere o comunicado, que acrescenta que "actualmente existem vacinas que protegem contra mais de vinte doenças potencialmente fatais".