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Volume de negócios do mercado segurador cresceu 13 por cento em 2022

O volume de negócios do mercado segurador cresceu cerca de 13 por cento no ano passado. De acordo com um estudo efectuado pela ASAN – assente em dados de 17 seguradoras de um conjunto de 21 que actuaram no mercado no ano passado – o volume de negócios foi de 313.549 milhões de kwanzas, espelhando um crescimento 12,87 por cento face ao ano anterior.

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"Segundo um estudo realizado pela ASAN, baseado nos dados de 17 seguradoras num universo de 21 que operaram no mercado em 2022, o volume de negócios (designado por volume de prémios na gíria técnica dos seguros) estimado para o conjunto do mercado foi de 313.549 milhões de kwanzas, representando um crescimento de 12,87 por cento relativamente ao ano anterior", lê-se num comunicado remetido ao VerAngola.

De acordo com José Correia de Araújo, director executivo da ASAN, os prémios das referidas 17 seguradoras "representaram 99,57 por cento da totalidade do mercado em 2021".

Desse modo, analisando a evolução histórica desde 2017 do volume de negócios das seguradoras é possível constatar uma tendência de crescimento em termos dos prémios: em 2017 os prémios foram de 123.821 milhões de kwanzas, com uma taxa de variação de 20,87 por cento; 2018 registou prémios de 139.727 milhões de kwanzas (taxa de 12,85 por cento); 2019 teve 182.499 milhões de kwanzas (30,61 por cento); 2020 com 230.503 milhões de kwanzas (26,30 kwanzas); 2021 registou 277.798 milhões de kwanzas (20,52 por cento) e 2022 com 313.549 milhões de kwanzas (12,87 por cento).

De acordo com o comunicado, os ramos de seguros com maior quota de mercado no ano passado foram a saúde (38,65 por cento), a petroquímica (15,52 por cento), o automóvel (9,34 por cento) e os acidentes de trabalho (8,91 por cento).

"A seguir os ramos com maior peso são o de outros danos em coisas, o incêndio e o de transportes com um peso conjunto de 13,23 por cento", lê-se ainda no comunicado.

Já o ramo vida, acrescenta a nota, "teve um crescimento extraordinário" no ano passado "com o desenvolvimento de produtos associados ao crédito ao consumo bancário e aumentou a sua quota de mercado de 2,84 por cento em 2021 para 8,10 por cento em 2022".

Em termos das quotas de mercado estimadas das várias seguradoras em 2022, a ENSA destaca-se com 30,12 por cento. Segue-se a Nossa com 14,14 por cento e a Fidelidade com 11,74 por cento.

Realce ainda para a Sanlam (10,92 por cento), Mundial (6,09 por cento), BIC Seguros (4,19 por cento), Aliança (3,63 por cento), Fortaleza (2,83 por cento), Global (2,79 por cento), Protteja (2,76 por cento), Stas (2,74 por cento), Trevo (1,93 por cento), Prudencial (1,79 por cento), Tranquilidade (1,61 por cento), SOL Seguros (1,42 por cento), Giant (0,79 por cento), Confiança (0,09 por cento) e outras (0,42 por cento).

Já no que concerne à "sinistralidade, considerando os dados duma amostra de seguradoras que representavam 91,98 por cento do mercado em 2021, a taxa de sinistralidade global teve uma redução considerável de 2021 (37,98 por cento) para 2022 (33,18 por cento), essencialmente por causa da redução substancial da sinistralidade dos ramos petroquímica, incêndio, outros danos em coisas e transportes", avança a nota.

"Dos outros ramos é de realçar a relativa estabilidade da taxa de sinistralidade do ramo saúde (59,50 por cento em 2021 e 60,67 por cento em 2022) e o crescimento nos ramos automóvel (de 35,82 por cento para 45,56 por cento) e acidentes de trabalho (de 28,45 por cento para 45,37 por cento)", lê-se no comunicado.

A amostra do estudo é composta pelas seguradoras Aliança Seguros, BIC Seguros, Confiança, ENSA, Fidelidade, Fortaleza, Giant, Global Seguros, Nossa, Mundial, Protteja, Prudencial, Sanlam, SOL Seguros, STAS, Tranquilidade e Trevo Seguros.

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