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Ambiente

Parque Nacional de Luengue-Luiana: animais regressam em massa a ‘casa’

O Parque Nacional de Luengue-Luina tem vindo a registar o regresso em massa de vários animais que fugiram da sua ‘casa’ durante o conflito armado. Destacam-se os elefantes, búfalos, leões, girafas, entre outros, como algumas das espécies que têm regressado ao seu habitat nos últimos anos.

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Os animais, durante a guerra, fugiram além-fronteiras para países como a Namíbia, Zâmbia e Botsuana. No entanto, nos últimos anos, têm vindo a regressar de forma massiva ao seu habitat natural.

Informações reveladas por António Chipita, director executivo da Associação de Conservação do Ambiente e Desenvolvimento Rural Integrado (ACADIR), indicam que cerca de 6000 elefantes e outros animais que fugiram, retornaram, nos últimos cinco anos, ao parque, escreve o Jornal de Angola.

Além dos elefantes, a lista de animais que têm regressado em massa é igualmente composta por búfalos, leões, onças, guelengues, girafas, mabecos, palanca real e preta, entre outros.

Segundo António Chipita, citado pelo Jornal de Angola, actualmente já se consegue ver diversas manadas com mais de uma centena de elefantes cada a andar no parque – situado no Rivungo, província do Cuando Cubango.

O responsável fez igualmente saber que, desde 2018, a entidade contribui na contagem anual dos animais, especialmente de elefantes no referido parque, acrescentando que para a iniciativa de contar os elefantes, a associação tem contado com financiamento da organização não-governamental da Namíbia WWF, que anualmente faculta 15 mil dólares, bem como do suporte de efectivos da Polícia Nacional, Forças Armadas Angolanas, fiscais ambientais e trabalhadores da administração municipal do Rivungo, escreve o Jornal de Angola.

Os trabalhos, adiantou, acontecem de forma anual, entre Setembro ou Outubro, no curso de três a quatro dias, sendo que diversas equipas supervisionam as principais áreas dos elefantes.

Além disso, o responsável também negou informações que davam conta de que os elefantes se encontram em vias de extinção no parque, por causa de serem abatidos por caçadores furtivos para venda do marfim no mercado negro, tendo sublinhado que os "indicadores apontam o regresso e a reprodução em massa de elefantes" e outros animais. "Os indicadores apontam o regresso e a reprodução em massa de elefantes e outras espécies de animais no Parque Nacional do Luengue-Luiana, onde se criam as condições para atrair milhares de turistas nacionais e estrangeiros nesta zona que já foi considerada um dos melhores encantos de vida selvagem de África", afirmou o responsável, citado pelo Jornal de Angola.

Citado pelo Jornal de Angola, disse ainda ser necessário terminar a desminagem, recapacitação ou terraplanagem das principais vias de acesso, assim como a edificação de infra-estruturas do ramo hoteleiro e restauração, entre outros.

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