Os dados foram avançados pelo director-adjunto da Biocom, Luís Júnior, que afirmou que o aumento da produção de açúcar conseguiu suprimir cerca de 40 por cento das necessidades do mercado nacional.
O gestor referiu ainda que foram atingidos os 70 por cento da capacidade instalada no complexo industrial da empresa, a Unidade Agro-Industrial de Cacuso, em Malanje. A empresa tem em perspectiva continuar com o aumento da produção para mais 10 por cento este ano.
Citado pela Angop, Luís Júnior relembrou que a Biocom "não importa açúcar desde 2017", possuindo recursos financeiros suficientes para continuar a investir no projecto, que engloba o plantio e a colheita da cana-de-açúcar.
Consequentemente, a empresa tem uma capacidade instalada para produzir 36 mil metros cúbicos de álcool neutro, assim como para a exportação de 136 mil megawatts de energia renovável.
Recorde-se que a Biocom possui ainda capacidade de produção de calcário dolomítico (150 toneladas/ano), um insumo necessário para corrigir a acidez do solo, de forma a proporcionar um aumento da fertilidade e produtividade. Este recurso deve-se ao consumo próprio pela Biocom e ao fornecimento de potenciais projectos agrícolas a serem implementados no país.
A Biocom foi a primeira empresa nacional a produzir e a comercializar açúcar, etanol e energia eléctrica, a partir de biomassa, gerando 3400 empregos directos (97 por cento dos quais angolanos) e cerca de 34 mil indirectos.