O gestor falou à imprensa no final de um encontro com a Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional, reafirmando a aposta da empresa nas energias renováveis e garantindo que a petrolífera se quer tornar numa companhia multi-energias.
Uma das metas da Total passa por atingir a neutralidade de carbono até 2050. "Temos um projecto solar de 40 megawatts já identificado no Lubango, um pressuposto que faz parte da ambição estratégica do país de 2025 a 2030", assinalou, citado pela Angop.
Olivier Johny deu ainda conta de que este projecto – que levará investimento não só à província da Huíla mas também ao Huambo – faz parte de uma parceria com a concessionária nacional, a Sonangol.
Petróleo e gás não deixam de ser objectivo
A aposta nas energias renováveis não descura o 'core business' da Total: o petróleo. Olivier Johny manifestou o interesse da petrolífera nos blocos 17 e 32. "O nosso compromisso é continuar a fazer investimentos em Angola. Representamos 45 por cento da produção petrolífera no país e temos essa missão de continuar com esses investimentos para manter o nosso nível de produção", afirmou.
A Total vai também continuar pesquisas nos blocos 20 e 21, na bacia do kwanza, e no bloco 29, na bacia do Namibe. "Vamos continuar essa actividade de pesquisa para tentar encontrar petróleo e talvez gás, é verdade que o potencial do país é mais petrolífero, mas existem também recursos de gás".
No que diz respeito ao gás, o responsável avançou que a empresa tem vindo a trabalhar com outras companhias petrolíferas que operam no país, de forma a lançar um novo consórcio que permitirá "levar mais gás" à fábrica da Angola LNG, no Soyo.
No final do encontro, a presidente da comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional, Ruth Mendes, classificou a reunião como frutífera. "No essencial, ficamos a saber como anda a produção petrolífera da Total e sobre os investimentos que pretende fazer em fontes renováveis de energia no país", referiu, também citada pela Angop.
De acordo com a responsável, os deputados foram ainda informados sobre o quadro legal a ser criado tendo em conta novas fontes de energia renovável, bem como os projectos de crédito de carbono que a Total pretende implementar em Angola, à semelhança do que faz no Congo.