Segundo o prospecto, as acções, que vão ser vendidas pela petrolífera estatal Sonangol e pela empresa diamantífera Endiama, correspondem a 10 por cento do capital social do BAI, o maior banco angolano em termos de activos, que poderá encaixar assim entre cerca de 37 e 43 milhões de kwanzas (76 e 90 milhões de euros).
As participações do Estado angolano no BAI vão ser alienadas até Junho com uma oferta pública inicial em bolsa.
Em Agosto de 2021, o BAI aprovou em assembleia geral extraordinária a alteração integral dos estatutos da sociedade, para efeitos da preparação da sua qualificação como sociedade aberta, permitindo assim dispersar o capital em bolsa.
A estrutura do BAI é composta por 54 accionistas, dos quais nenhum detém participações qualificadas, destacando-se a Sonangol como principal accionista com 8,50 por cento do capital.
Integram ainda o grupo de accionistas a Oberman Finance Corp (5 por cento), Dabas Management Limeted (5 por cento), Mário Palhares (5 por cento), Theodore Giletti (5 por cento), Lobina Anstalt (5 por cento), Coromasi Participações Lda (4,75 por cento), Mário Barber (3,87 por cento), Luís Lélis (3 por cento) e outros não identificados, que repartem os restantes 54,88 por cento do capital.
O Programa de Privatizações do Executivo prevê a alienação das participações da Sonangol em sectores como os seguros e a banca e a saída do BAI chegou a estar prevista para 2020, mas o concurso público não chegou a avançar, realizando-se agora através da Oferta Pública de Venda.