O jovem, que se formou em Cuba, no Instituto de Neurologia e Neurocirurgia de Havana, está a exercer funções há cerca de um ano e quatro meses no Hospital Central do Lubango "Dr. Agostinho Neto". Além de dar resposta aos casos desta especialidade na Huíla, o especialista também atende casos provenientes do Namibe, Cuando Cubango e Cunene.
Considerando que o seu trabalho é muito gratificante, Emanuel Silva admitiu que o facto de ser o único neurocirurgião naquela região é uma grande responsabilidade.
"É gratificante quando podemos e conseguimos ajudar, por um lado, mas, por outro, é esgotante, pois a neurocirurgia é uma especialidade de equipa e precisamos de mais colegas", disse, em declarações à Angop.
O jovem fez saber que recebe doentes com frequência e que tem de estar pronto para os observar a qualquer hora. Acrescentou que a especialidade de neurocirurgia tem bastante procura, indicando casos de traumatismo crânio-encefálico, hidrocefalia, entre outros, como os mais frequentes.
De acordo com o neurocirurgião, neste momento a média mensal de cirurgias fixa-se entre as 30 e 35.
Mesmo sendo o único especialista naquela província, o jovem faz um balanço positivo do seu trabalho. Emanuel Silva diz estar a conseguir fazer diminuir a taxa de mortalidade nas pessoas com traumatismo bem como proceder ao acompanhamento dos doentes no período pós-cirurgia.
Lamentou ainda o facto de o hospital onde exerce ainda não ter meios e equipamentos mais avançados, acrescentando que está "a trabalhar com os mínimos recursos disponíveis".
"Estamos a trabalhar com os mínimos recursos disponíveis, o que não tem sido fácil, mas damos sempre uma resposta positiva, de acordo com os meios ao nosso alcance para que os pacientes tenham uma atenção humanizada e de maior qualidade", indicou.
O jovem completou dizendo que tem recorrido às plataformas digitais para dar a conhecer o seu trabalho à população.