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Angola e Portugal defendem “esforços conjuntos” dos Estados no Golfo da Guiné

O secretário executivo adjunto da Comissão do Golfo da Guiné em Angola defendeu esta Terça-feira "esforços conjuntos" para incentivar as lideranças regionais a adoptarem acções visando "travar a criminalidade marítima regional", com Portugal e convergir com a medida.

: Embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa acompanhado pelo Secretário-Executivo Adjunto para os Assuntos Políticos da Comissão do Golfo da Guiné, Embaixador Afonso Eduardo
Embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa acompanhado pelo Secretário-Executivo Adjunto para os Assuntos Políticos da Comissão do Golfo da Guiné, Embaixador Afonso Eduardo  

"Temos que trabalhar para melhorar e incentivar a vontade política dos nossos líderes para essa região, porque são eles que decidem", afirmou Afonso Eduardo.

O embaixador angolano, que falava no final da visita efectuada ao Navio da República Portuguesa (NRP) "Setúbal", desde Segunda-feira atracado no porto de Luanda, deu conta que "os parâmetros, recomendações e resoluções para a situação do Golfo da Guiné já existem".

"Agora é só convencer as lideranças para a implementação daquilo que os peritos já aconselharam e podemos aproveitar esta iniciativa (NRP "Setúbal") para alavancar esta área", disse diplomata, sem entrar em detalhes.

Afonso Eduardo acompanhou o embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa, na visita que efectuou à embarcação portuguesa juntamente com uma delegação da embaixada em Luanda.

A Comissão do Golfo da Guiné, que integra vários países africanos, é uma ferramenta institucional de permanente cooperação entre os Estados costeiros visando a defesa de interesses comunas e paz tendo em conta a constante criminalidade marítima na região, entre a pirataria, assaltos e contrabandos.

Segundo o embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa, a União Europeia (UE) considerou a zona do Golfo da Guiné como "zona de importância marítima e, por isso mesmo, integrada na iniciativa 'Mar Aberto'", com "a presença marítima coordenada".

"Que já teve, aliás, uma relação com desenvolvimentos com navios franceses, espanhóis e italianos no Golfo da Guiné, por isso mesmo isso é um sinal que a UE e Portugal tem hoje a presidência do Conselho da União Europeia", disse o diplomata português.

"É um sinal que esta cooperação bilateral e multilateral é importante na área da segurança e por isso mesmo esta presença marítima coordenada que se realizou é um sinal também que a União Europeia pode ser produtora da segurança marítima", notou Pedro Pessoa e Costa.

A problemática do Golfo da Guiné também foi comentada pelo comandante do NRP "Setúbal", o capitão-de-fragata Artur Jorge Martins Dias Marques, para quem a situação "exige o compromisso de todos os Estados".

"São 19 Estados que operam nesta região, são seis mil quilómetros de zona do Senegal ao sul de Angola e obriga a que os Estados assumam um compromisso com sentimento de que temos todos juntos de reprimir esta situação mais rapidamente possível", concluiu.

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