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INE regista recessão de 5,2 por cento, a maior dos últimos cinco anos em Angola

A economia do país registou um crescimento negativo de 5,2 por cento no ano passado, de acordo com os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando a maior queda da economia nos últimos cinco anos.

: Lusa
Lusa  

"O Produto Interno Bruto (PIB) em volume encadeado do quarto trimestre de 2020, em comparação com o trimestre anterior, ajustado sazonalmente, registou um crescimento de 0,6 por cento, e em comparação com o quarto trimestre do ano anterior registou uma queda de 5,4 por cento; o PIB anual preliminar, resultante dos quatros trimestres de 2020, recuou 5,2 por cento em relação ao ano de 2019", lê-se na nota disponível no site do INE, consultada esta Segunda-feira pela Lusa.

O ano passado, confirma-se assim, foi o quinto ano consecutivo em que a economia nacional perdeu terreno, depois das quebras de 2,6 por cento em 2016, de 0,2 por cento em 2017, de 2,1 por cento em 2018 e de 0,6 por cento em 2019, segundo os dados apresentados pelo INE.

No ano passado, a economia do segundo maior produtor de petróleo esteve sempre em território negativo, começando no primeiro trimestre com uma queda de 0,8 por cento, que se aprofundou para 8,5 por cento de Abril a Junho, e abrandou depois para 6,2 por cento nos três meses seguintes e para 5,4 por cento no último trimestre do ano passado.

Segundo o INE, "o desempenho das actividades económicas no quarto trimestre de 2020 em relação ao quarto trimestre de 2019, em termos de variação negativa, é atribuído fundamentalmente às actividades de Construção (-41,5 por cento), Transporte e Armazenagem (-13,2 por cento), Correios e Telecomunicações (-16,9 por cento), Extracção e Refino de Petróleo (-10,8 por cento), Administração Pública (-6,8 por cento), Outros Serviços (-2,8 por cento), Electricidade e Água (-2,9 por cento)", lê-se na apresentação das Contas Nacionais do quarto trimestre.

Para este ano, o Governo estima um crescimento positivo muito próximo de 0 por cento, enquanto o Fundo Monetário Internacional reviu na semana passada em baixa a previsão de crescimento para 2021, de 3,2 por cento para 0,4 por cento.

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