O governador do BNA realçou que, desde Novembro, o câmbio "se mantém estável", indicando que desde o início deste ano que se tem vindo a assistir a "uma apreciação do kwanza quer no mercado formal como no mercado informal".
Em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA), José de Lima Massano explicou que o diferencial entre o mercado formal e o informal "era de 150 por cento para o dólar".
Um panorama, que de acordo com o governador do BNA, "revelava bem estas distorções, não se conseguia fazer as operações no sistema, por isso elas eram feitas na rua e pagava-se um prémio".
Hoje em dia, o diferencial para o dólar "é inferior a 10 por cento e temos para o euro um diferencial na ordem dos cinco por cento", avançou, acrescentando que "o mercado cambial tem estado a funcionar hoje sobre critérios de maior equilíbrio".
José de Lima Massano, disse ainda à RNA que a taxa de câmbio era "administrada" e não "ditada pelo mercado", o que provocava alguns desequilíbrios.
"Nós tínhamos uma taxa de câmbio que era administrada, portanto, não ditada pelo mercado. Então dizíamos que a taxa de câmbio era de 100, por exemplo, mas os cidadãos não conseguiam fazer as operações e então o que tínhamos, e é comum nestes casos onde a taxa é administrada, era limites também administrados. É a forma que se encontra de se equilibrar por essa via as contas externas", explicou, acrescentando que "a partir do momento em que a taxa de câmbio passa a fazer esse papel, então o mercado todo tem que se ajustar".