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Economia

FMI baixa crescimento de Angola de 3,2 por cento para 0,4 por cento este ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em ligeira alta a previsão de crescimento para a África subsaariana, de 3,2 por cento para 3,4 por cento, e baixou o crescimento de Angola, de 3,2 por cento para 0,4 por cento este ano.

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De acordo com as Perspectivas Económicas Mundiais, divulgadas esta Terça-feira no arranque dos Encontros da Primavera do FMI e do Banco Mundial, esta região africana deverá crescer 3,4 por cento este ano e 4 por cento em 2022, o que mostra uma ligeira melhoria face aos 3,2 por cento previstos na actualização de Janeiro e aos 3,1 por cento previstos em Outubro.

"A pandemia continuar a exercer um grande peso na África subsaariana, especialmente, por exemplo, para Gana, Quénia, Nigéria e África do Sul", lê-se no principal relatório do Fundo sobre a economia mundial, lançado duas vezes por ano, em Abril e em Outubro.

"No seguimento da maior contração de sempre da região, com uma queda de 1,9 por cento em 2020, o crescimento deverá ressaltar para 3,4 por cento em 2021, significativamente mais baixo que a tendência antecipada antes da pandemia", aponta-se ainda no relatório, que alerta que as economias dependentes do turismo serão provavelmente as mais afectadas".

As Perspectivas Económicas Mundiais não apresentam os dados macroeconómicos para todos os países da África subsaariana, já que isso acontecerá no relatório dedicado à região, lançado na próxima semana, apontando apenas a perspectiva de crescimento para os países africanos.

Assim, Angola deverá recuperar da recessão de 4 por cento do ano passado e crescer 0,4 por cento este ano e 2,4 por cento em 2022, abaixo da média da região, mas ainda assim melhor que a Guiné Equatorial, que depois de uma recessão de 4 por cento estimado para este ano, deverá crescer quase 6 por cento em 2022, voltando depois a crescimentos negativos nos anos seguintes.

Todos os outros países deverão recuperar este ano do crescimento negativo do ano passado, com destaque para Cabo Verde, que viu a riqueza contrair-se uns históricos 14 por cento em 2020, mas crescerá já quase 6 por cento este ano.

Para a dívida pública bruta, os únicos valores já divulgados pelo FMI incidem sobre Angola, que deverá ver o rácio sobre o PIB diminuir de 127,1 por cento para 110,7 por cento este ano e 99,6 por cento em 2022, e Moçambique, que deverá ver o rácio crescer de 122,2 por cento em 2020 para 125,3 por cento este ano e 126,4 por cento em 2022.

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