Na final, Elizandra Wassuca defrontou Angel Portugal, da Micronésia, saindo vitoriosa e alcançando assim o título de campeã do mundo na modalidade.
Em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA), a angolana, natural do Bié, mostrou-se contente com a conquista e contou que a sensação de ganhar foi "imensurável".
"Senti algo imensurável e fui ao pódio (...) e todo o mundo gritava 'Angola, Angola', porque soa bem e a bandeira tem cores fortes, é uma bandeira bonita", indicou.
Elizandra Wassuca contou ainda uma situação caricata que aconteceu no final da subida ao pódio: "No final um cidadão brasileiro perguntou se eu podia vender a bandeira de Angola e eu disse não, não posso vender a bandeira e também ainda tenho colegas que vão precisar desta bandeira. Ou seja, estamos a contar com mais angolanos no pódio".
A atleta também se mostrou orgulhosa com o facto de ter sido a única angolana entre as poucas atletas africanas no campeonato. "Acho que o que fez a diferença aqui foi a vontade de ganhar, de saber que eu era a única angolana no mundial, representava todas as mulheres angolanas, e também das poucas africanas", avançou.
"Angola merece, Angola merece muito, nós somos guerreiros, temos muita força, somos um povo resiliente e tenho muita fé no meu país e tenho certeza que o apogeu virá para todos nós", considerou.
Elizandra Wassuca aproveitou ainda para deixar uma mensagem de esperança aos jovens. A atleta incentivou os jovens a serem "os promotores" da realização dos seus sonhos e que sejam eles a tomar as rédeas da mudança.
"Jovens sejamos a mudança que queremos ver nas nossas vidas e no país, não esperando que as coisas aconteçam sem termos feito nada", disse, acrescentando que é preciso ter-se iniciativa.
"Tudo está em nossas mãos, o nosso país é rico, belo e cheio de oportunidades. Vamos focar-nos nas oportunidades e não nas crises, nas dificuldades, pois esta Angola precisa dos seus jovens para alcançar o tão esperado desenvolvimento sócio-económico e sustentável", finaliza.