Ricardo d'Abreu indicou, num balanço sobre a primeira semana do estado de emergência em Angola, que foi feito um estudo do impacto no sector dos transportes, concluindo que o efeito da pandemia será "severo" e "não é exclusivo de Angola".
Só a limitação da mobilidade das pessoas para evitar a transmissão comunitária significa uma redução drástica da capacidade operacional de todas as empresas e subsectores, indicou, acrescentando que as estimativas apontam para uma "redução de receita muito significativa", sendo a aviação civil o sector mais afectado que "carece de algum suporte do Estado para compensar as perdas".
A título de exemplo, referiu que, desde que foi declarado o estado de emergência em Angola, que limita a circulação de pessoas, a transportadora aérea TAAG deixou de realizar 204 voos domésticos, o que significa o não transporte de 16.500 pessoas.
A nível internacional, foram suprimidos 180 voos que corresponderiam a perto de 30 mil passageiros.
Actualmente, existem quase 6700 angolanos, com bilhetes emitidos, que esperam voos para regressar a Angola, mas estão impedidos pelo estado de emergência que foi declarado no dia 27 de Março e a cerca sanitária que impõe estas restrições.
"O foco é conter a possibilidade de transmissão comunitária desta pandemia", salientou o governante.
Relativamente a outras empresas, em particular as dos caminhos de ferro, Ricardo d'Abreu indicou que vão ser propostas medidas "que visam mitigar durante este período as dificuldades de tesouraria".